Osmar Serraglio nega qualquer intenção de obstruir PF na Lava Jato
Ministro da Justiça garantiu que trabalho da Polícia Federal é autônomo
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Ele também negou ter defendido anistia do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, seu colega de PMDB. Serraglio explicou que a relação dele estava limitada a ser do mesmo partido e trabalhar por pautas em comum, como o impeachment da então presidente da República Dilma Rousseff.
O ministro acusou os veículos de imprensa de “defeito de interpretação” por dizerem que ele anistiaria Cunha, atualmente preso em Curitiba. Ele explicou que a situação de Dilma, na época do processo de impeachment, e de Cunha se assemelhavam por tratarem de fatos anteriores ao mandato que tinham e, por isso, falou em anistia para o ex-deputado federal.
“Nos jornais saiu que eu daria anistia para o Cunha. Isso é um defeito de interpretação. Foi apresentada a acusação do impeachment da Dilma e a defesa tinha como maior argumento que ela só podia responder pelos atos praticados no atual mandato. Eu dizia que se o PT estava dizendo isso, ele iria anistiar o Cunha, porque ele estava sendo acusado por questões anteriores, as contas na Suíça. Precisamos entender o direito como ele funciona”, justificou.
Serraglio foi confirmado pelo presidente Michel Temer como novo titular da Justiça. Em nota divulgada pelo porta-voz da presidência, Alexandre Parola, Temer expressou "plena confiança" na capacidade de Serraglio para conduzir os trabalhos da pasta. "Jurista e congressista com larga trajetória parlamentar na Câmara dos Deputados, o deputado traz sua ampla experiência profissional e política para o trabalho de levar adiante a agenda de atribuições sob sua responsabilidade", relatou Parola. Serraglio substituiu Alexandre de Moraes, nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) após ter sido indicado por Temer.