Ostermann entra com representação na Comissão de Ética contra Rodrigo Maroni
Colega também ingressará com ação na Casa contra o deputado do Novo
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O deputado Fábio Ostermann (Novo) ingressou com um pedido de representação na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa contra o deputado Rodrigo Maroni. A solicitação ocorre em função de desentendimento entre os parlamentares durante sessão, na semana passada, que cassou o mandato do deputado Ruy Irigaray. Na ocasião, Maroni utilizou a tribuna para direcionar ataques pessoais ao deputado do Novo.
Após Maroni questionar a imparcialidade e a legitimidade dos parlamentares em julgarem Irigaray, alegando que a prática de "rachadinha" era comum em Assembleias Legislativas, Ostermann subiu a tribuna e pediu que o mesmo apresentasse provas das alegações na Comissão de Ética da Casa. Em resposta, Maroni proferiu ofensas ao colega.
"Tu é a pessoa que eu tenho mais constrangimento em conviver. Tu é a única pessoa que não pode julgar aqui, tu julga todo mundo. Tu se acha acima do bem e do mal. E quero dizer mais: tu é egocêntrico, vaidoso", disse ele.
Para o Ostermann, as palavras proferidas foram agressivas e completamente desproporcionais, demonstrando "desequilíbrio e conduta incompatível" com o que se espera de um parlamentar. “Na sua manifestação, Rodrigo Maroni apresentou a Assembleia como uma casa de hipócritas, desqualificados e que não têm moral para cassar um colega que cometeu desvios. Além disso, os ataques pessoais injustificados contra um parlamentar extrapolaram o limite do aceitável”, avaliou.
Na representação, o deputado do Novo pede a instauração do processo disciplinar na Comissão de Ética contra Maroni. Após análise do colegiado, o deputado pode ser enquadrado em sanções previstas no Código Ética do parlamento, que variam da censura à perda do mandato.
Maroni também ingressará com ação
Em resposta pública, Maroni disse que também ingressará com pedido contra Ostermann na Comissão de Ética. Reafirmou, ainda, as acusações feitas durante a sessão e disse esperar que eles possam fazer do ocorrido um debate público sobre o sistema político no país. O pedido contra Ostermann também terá embasamento em agressões verbais. "Ele (Ostermann) várias vezes faz agressões verbais contra deputados em grupos de WhatsApp e no plenário da Assembleia. E fora que ele está tentando cercear a opinião de um deputado", explicou.