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Verão

Especial

Patrocinadores se retiram de jantar para Bolsonaro em NY

Brasileiros e americanos de 12 grupos diferentes protestam em frente ao hotel Marriot Marquis

Prefeito de Nova York classificou Jair Bolsonaro de "homem perigoso" | Foto: Marcos Corrêa / Palácio do Planalto / Divulgação / CP

Vários patrocinadores de um jantar de gala em Nova York, onde o presidente Jair Bolsonaro receberá o prêmio de "Personalidade do Ano" em 14 de maio, se retiraram do evento. Enquanto isso, aumentou a pressão de ativistas para que seja cancelado. A companhia aérea norte-americana Delta, o jornal britânico Financial Times e a consultoria Bain & Company confirmaram nesta sexta-feira à AFP que retiraram seu patrocínio ao jantar de gala anual da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.

Manifestantes brasileiros e americanos de 12 grupos diferentes, incluindo vários ambientalistas e ativistas LGBT, protestaram todas as noites em frente ao hotel Marriott Marquis na Times Square, no coração de Manhattan, onde será realizado o jantar.

Todos bem-vindos

O evento deveria acontecer inicialmente no Museu de História Natural de Nova York, mas este o cancelou após receber críticas. Os ativistas lançaram uma nova petição, #CancelBolsonaro, para que o Marriott Marquis também boicote o evento. Promovida pelo senador estatal de Nova York Brad Hoylman, que é homossexual, já recolheu mais de 53.000 assinaturas. "Ao acolher este evento, Marriott está dando a Bolsonaro uma plataforma que recompensa seu abominável comportamento", afirma a petição. "Continuaremos protestando em frente ao hotel todo o dia para que cancelem", disse à AFP Natalia de Campos, do Comitê para a Defesa da Democracia Brasileira em Nova York, uma das organizadoras das manifestações diárias.

Consultado sobre a polêmica, um porta-voz do Marriott, Jeff Flaherty, informou que a rede de hotéis foi criada com base nos ideais de respeito, diversidade e inclusão. "Dar as boas-vindas a todos e ser inclusivo significa incluir grupos que podem, ou não, compartilhar os valores de nossa companhia. No entanto, permitir a um grupo que use nossas instalações de nenhuma maneira significa que apoiamos suas posições", frisou.

Em uma recente postagem em inglês e português, o presidente da rede Marriott, Arne Sorenson, estimou que a empresa não pode discriminar ninguém por suas crenças, se a legalidade e a segurança não forem ameaçadas. A Câmara não respondeu aos pedidos da AFP para comentar a informação, mas informou que não terá cobertura da imprensa do evento.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, qualificou recentemente Bolsonaro como "um homem perigoso" por suas posições "racistas, homofóbicas e contra a proteção da Amazônia". Anualmente, a Câmara de Comércio Brasil-EUA escolhe duas personalidades, uma brasileira e outra americana, e as premia em um jantar de gala para mais de mil pessoas, com a presença de líderes do mundo das finanças, dos negócios e da diplomacia de ambos os países. As entradas custam 30.000 dólares cada uma e já estão esgotadas. Bolsonaro viajará a Nova York de 12 a 15 de maio, segundo a Chancelaria brasileira.

AFP