Paulo Bernardo pode deixar prisão ainda nesta quarta, diz advogada

Paulo Bernardo pode deixar prisão ainda nesta quarta, diz advogada

Revogação da detenção foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli

Agência Brasil

Paulo Bernardo teria recebido R$ 7 milhões de propina, afirma MPF

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O ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo pode ser solto ainda nesta quarta-feira, segundo sua advogada, Verônica Sterman. Preso na última quinta, na Operação Custo Brasil, Bernardo está na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo.

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Para que Paulo Bernardo deixe a Polícia Federal, o órgão precisa ser notificado oficialmente sobre a decisão do Supremo. A PF disse que ainda não recebeu o documento. Quando a notificação chegar, o delegado de plantão ainda deve seguir um rito burocrático que prevê a análise de documentos e se há outros mandados contra o ministro, entre outros.

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"Falta ainda a decisão do Supremo para a 6ª Vara (da Justiça Federal) e, posteriormente, da 6ª Vara aqui para a Polícia Federal. A gente espera que seja cumprido ainda hoje e faremos o possível para que isso ocorra", disse a advogada. A revogação da prisão preventiva do ex-ministro foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, atendendo a pedido da defesa.

A defesa argumentou no pedido que a investigação contra o ex-ministro, da forma como foi conduzida, "usurpa a competência do STF", porque, segundo a advogada, "todos os atos de investigação feitos até o momento não dividem as supostas condutas de Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann". Mulher de Paulo Bernardo, Gleisi é senadora e só pode ser investigada com autorização do Supremo.

Mais cedo, o escritório de advocacia que defende o ex-ministro havia se pronunciado por meio de nota sobre a decisão de Toffoli. Segundo a defesa, a revogação "desconstruiu todos os fundamentos da prisão de Paulo Bernardo" e "deixou claro que os fundamentos eram genéricos e que os requisitos legais e constitucionais não estavam presentes".

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