Paulo Gonet defende soltura de ex-assessor Filipe Martins, Mas sem passaporte

Paulo Gonet defende soltura de ex-assessor Filipe Martins, Mas sem passaporte

Documento foi encaminhado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF)

Estadão Conteúdo

Gonet defende soltura de ex-assessor Filipe Martins, Mas sem passaporte

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou a favor da libertação do ex-assessor da Presidência da República Filipe Martins, capturado na Operação Tempus Veritatis, que investiga suspeita de tentativa de golpe de Estado.

Para Gonet, o pedido da defesa, para o relaxamento da custódia do aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 'parece reunir suficientes razões práticas e jurídicas'. O chefe do Ministério Público Federal defendeu a proibição de Martins de deixar o País e a retenção do passaporte do ex-assessor.

As medidas seriam 'providências de custódia', indicou Gonet em manifestação assinada no dia 1.º. O documento foi encaminhado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Atualmente, Martins ocupa uma cela no Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, que ficou conhecido como presídio da Operação Lava Jato. Como mostrou o Estadão, ele foi transferido da carceragem da superintendência da Polícia Federal na capital paranaense para o CMP no fim de fevereiro, o que levou a defesa a pedir a revogação de sua prisão preventiva.

Ao STF, o advogado Ricardo Fernandes, que defende Martins, sustentou que a prisão foi decretada diante da informação de que ele teria saído do Brasil no avião presidencial em dezembro de 2022, sem passar pelo controle da PF, o que poderia indicar uma 'evasão do País'.

Mas, segundo a defesa, apesar de constar na lista de passageiros do voo, Martins não realizou a viagem e permaneceu no País. Inicialmente, Gonet havia defendido a prisão de Martins, destacando que o ex-assessor de Bolsonaro não foi encontrado em seu endereço habitual e 'havia a notícia de que teria seguido para os EUA'.

Mudança

Agora, o procurador-geral afirmou que o 'quadro inicial' sofreu modificação, o que permite uma reanálise da prisão decretada. Conforme Gonet, o ex-assessor de Bolsonaro comprovou que não deixou o País em dezembro de 2022. O chefe do MP também ponderou que, no dia da operação, quando foi preso, Martins foi encontrado em casa, 'sem que fossem percebidos sinais de preparação de fuga'.

Deflagrada no dia 8 de fevereiro, a Operação Tempus Veritatis atingiu, além de Bolsonaro, ex-assessores e ex-ministros militares do governo passado. Martins foi um dos quatro presos na ocasião.


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