PCdoB critica aliança de esquerda restrita a PT e PSOL em Porto Alegre

PCdoB critica aliança de esquerda restrita a PT e PSOL em Porto Alegre

Partido Comunista do Brasil disse que não vê siglas como o conjunto inteiro da oposição

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Luciana Genro (PSOL) e Raul Pont (PT), se reunirem na quarta-feira para formular um bloco de oposição

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O PCdoB municipal criticou a aliança de esquerda restrita entre PT e PSOL, em Porto Alegre, após os ex-candidatos à prefeitura da Capital do último pleito, Luciana Genro (PSOL) e Raul Pont (PT), se reunirem na quarta-feira para formular um bloco de oposição ao governo do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB). Para o presidente municipal do Partido Comunista do Brasil, Marcio Cabral, a aliança não representa o conjunto da oposição ao governo Marchezan.

“Soubemos pela imprensa e entendemos isso como uma articulação entre as duas bancadas que têm a sua autonomia para se articular dentro da Câmara (de Vereadores), formar blocos parlamentares, mas não enxergamos isso como um conjunto da oposição ao governo Marchezan. Acho que a oposição ao governo é delimitada por uma articulação muito mais ampla do que a restrita aos partidos que compõem hoje as bancadas de esquerda na Câmara de Vereadores. Temos enxergado que: isso é positivo e respeitamos a autonomia do PT e do PSOL de fazerem isso na Câmara, mas não entendemos como um conjunto da oposição. A oposição para nós é muito mais ampla que isso”, pontuou Cabral.

Segundo Luciana Genro, a ideia da união é formalizar uma grupo que possa enfrentar a situação econômica que o país e Porto Alegre vivem. Para Luciana, medidas amargas têm se concretizado tanto no âmbito municipal quanto estadual, fazendo com que a população pague as consequências. Questionada se as siglas do bloco excluíram o PCdoB do encontro, Luciana negou que houve veto a outros partidos de esquerda. Na avaliação inicial das duas legendas, era necessário partir de um bloco que já existia na Câmara de Vereadores.

“Não há veto a ninguém. Nós simplesmente avaliamos que, nesse primeiro momento, é necessário partir do bloco que já existe na Câmara de Vereadores. O PCdoB não exigiu vereadores. Portanto, ele não está representado na Câmara. Mas se a sua militância, se os seus apoiadores também quiserem fazer parte desse encontro, certamente serão bem-vindos porque é necessário que nós unifiquemos força”, explicou Luciana.

Conforme o ex-prefeito da cidade, Raul Pont, a reunião não possuía um caráter suprapartidário. A ideia, de acordo com o petista, nasceu a partir de um encontro entre ele e Luciana, mas que ainda precisa ser formulada com o próprio PT e outras siglas também.

“Eu não tive tempo ainda nem de conversar com o Rodrigo (Oliveira), que é o presidente do PT aqui (em Porto Alegre) e nem com os vereadores. É uma ideia, uma proposta, acho boa, acho correta. Tenho certeza que os partidos vão acatar, vão aceitar e temos que costurar isso, construir isso. Não tem veto a nada, a ninguém. Nem conversamos ainda sobre isso (com outros partidos)”, disse Raul Pont.

Juntas, as candidaturas de Luciana Genro e Raul Pont – esta última unida com o PCdoB – somaram quase 30% dos votos na Capital.

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