PEC do teto de gastos está apta a ser votada em segundo turno na Câmara
Matéria foi aprovada por comissão especial após análise marcada por polêmica e discussões nesta terça
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Apesar do tumulto ao longo da reunião, com acusações e ofensas de ambos os lados, a proposta foi aprovada por 21 votos a favor e 7 contra. Não houve abstenção. No entanto, mesmo após o anúncio do resultado, os oposicionistas mantiveram a tentativa de obstrução dos trabalhos, exigindo, inclusive, a leitura e discussão da ata de sessão anterior.
Para a oposição, a PEC retira recursos da saúde e da educação por causa do limite de gastos governamentais que impõe. Os governistas, entretanto, rebatem as alegações, garantindo que não vai haver cortes nessas áreas e argumentando que a PEC é essencial para reorganizar as contas públicas.
Logo após a conclusão dos trabalhos na comissão, a sessão do Congresso Nacional, que havia sido suspensa, foi reaberta. Mais cedo, os parlamentares votaram vetos presidenciais e a liberação de recursos para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
A PEC 241 foi aprovada em primeiro turno, no último dia 10, por 366 votos a 111 e com duas abstenções. A matéria dependia de ter a redação final aprovada pela comissão para entrar na pauta novamente para a votação em segundo turno. Para ser aprovada e enviada ao Senado, a PEC precisa ter 308 votos a favor. A expectativa do governo é não apenas obter esse número, mas superar o placar da primeira votação.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já se prepara para a chegada da matéria à Casa, logo após a votação da próxima semana na Câmara. Renan já disse estar trabalhando pessoalmente pela celeridade da tramitação da PEC para que seja votada em dois turnos no Senado e, consequentemente, promulgada antes do fim do ano.