Pediatra é barrada em cargo no Ministério da Saúde por elogiar a Lava Jato e criticar o PT

Pediatra é barrada em cargo no Ministério da Saúde por elogiar a Lava Jato e criticar o PT

Decisão de não nomear Ana Goretti para a função partiu do Palácio do Planalto e desapontou entidades e profissionais do setor

R7

publicidade

A médica Ana Goretti Kalume Maranhão foi barrada pelo Palácio do Planalto para assumir a chefia do Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde. A pediatra é uma das maiores especialistas da área no país e teve sua nomeação suspensa por ter elogiado a Lava Jato.

A operação de combate à corrupção e lavagem de dinheiro foi iniciada em 2014, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, ligada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além de elogiar a operação, Goretti criticou o PT, apoiando, por exemplo, a decisão do ex-juiz Sérgio Moro, atual senador eleito, em bloquear a aposentadoria do presidente. Ela também teria chamado o então presidente do PT, Rui Falcão, de "perfeito idiota".

As postagens ocorreram em 2016, mas foram suficientes para barrar o nome dela em um dos departamentos mais importantes da pasta, principalmente, com a atribuição de manter a imunização da população para evitar novas ondas, óbitos e internações por Covid-19.

Entidades da área de saúde chegaram a ser informados que Ana Goretti seria nomeada para a gestão do departamento, notícia que foi bem recebida pelos técnicos e grandes nomes da área. No entanto, a comemoração durou pouco tempo, até sofrer interferência do Planalto.

A Sociedade Brasileira de Imunizações chegou a publicar uma nota em seu site comemorando a decisão. No entanto, logo depois a entidade precisou apagar o texto, tendo em vista que a oficialização do nome da médica não vai mais ocorrer.

Ana Goretti está no Ministério da Saúde desde 1985 e já chegou a ser coordenadora-geral substituta do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ela coordenou a Área Técnica de Saúde da Criança do Ministério da Saúde no período de maio de 1991 a julho de 2003.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895