Pedro Simon aceita decisão do MDB-RS e dá "apoio crítico" a Bolsonaro
Ex-Senador indicou que rejeição ao PT foi o principal fator
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Nas declarações de ambos, ficou claro que a escolha se deu principalmente em função da rejeição ao PT. “Eu achava que a nossa posição era difícil, mas que tínhamos que decidir”, comentou Simon. “Se tu me perguntares como será um governo de Bolsonaro, eu direi que não sei. Mas o do PT eu sei”, destacou Pinheiro. Para o ex-deputado, as gestões petistas trouxeram algo até então desconhecido, que definiu como um populismo corporativo e demagógico. Ressaltou, no entanto, que a concordância com o capitão da reserva é sem compromisso partidário e que sua opinião pessoal sobre o candidato do PSL é “irrelevante” em um momento em que a população brasileira pede por mudança.
O ex-senador reconheceu que os governos do PT tiveram aspectos positivos, mas disse que o partido chegou em uma situação complicada, colocando em risco a Operação Lava Jato e a continuidade do Brasil na luta contra a impunidade. Com uma história dentro do MDB-RS, tendo lutado ao lado de Ulysses Guimarães contra a Ditadura Militar, Simon disse que acredita que qualquer tentativa de retomada de repressão no país esbarraria na “impressionante participação do povo brasileiro” nas questões políticas.
Sobre sua visão de Jair Bolsonaro, Pedro Simon disse: “É uma figura controvertida, porque tem uma série de depoimentos dele ao longo da história que atropelam a democracia, mas no decorrer da sua campanha ele tem tentado falar em sentido contrário”. Da mesma forma, Ibsen Pinheiro acredita que, apesar da simpatia do capitão da reserva já declarada ao regime militar, o Brasil já conquistou uma “solidez democrática” difícil de ser abalada.