Perícia faz varredura no gabinete de Jardel na Assembleia

Perícia faz varredura no gabinete de Jardel na Assembleia

Técnicos de informática ainda não conseguiram acessar materia gravado em suposta escuta

Gabriel Jacobsen / Rádio Guaíba

Perícia faz varredura no gabinete de Jardel na Assembleia

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Técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP) iniciaram na manhã desta terça-feira uma varredura em busca de novas escutas ilegais dentro do gabinete do deputado Mário Jardel (PSD). Dois técnicos acompanhados de servidores da Assembleia Legislativa devem ficar ao menos quatro horas na busca de grampos telefônicos. O gabinete está lacrado desde o fim da semana passada, quando um servidor comissionado de Jardel entregou à Corregedoria Geral da Casa uma suposta escuta encontrada no local de trabalho do parlamentar.

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Técnicos de informática da Assembleia já tentaram acessar o material gravado no equipamento, mas ainda não obtiveram sucesso. Uma segunda equipe especializada em telefonia também tenta acessar possíveis materiais salvos na escuta. Desde que o gabinete de Jardel foi lacrado para as investigações, o deputado está sem local para trabalhar. Nessa manhã ele foi visto em reunião com assessores no restaurante da Assembleia.

Prazo até 22 de dezembro


Sobre o andamento das investigações, o deputado corregedor explica que ainda serão necessárias diligências para confirmar as denúncias do Ministério Público de que Jardel e servidores do gabinete falsificaram documentos para receber diárias da Assembleia. O prazo para que Marlon Santos conclua a investigação e ofereça denúncia ou arquive o caso expira em 22 de dezembro.

Segundo o Ministério Público, há provas de que Jardel cometeu crimes de concussão, falsidade documental, lavagem de dinheiro e peculato, comandando um esquema fraudulento no gabinete, com objetivo de obter benefícios financeiros. Por enquanto, ele segue suspenso apenas pelo PSD, onde responde a processo na Comissão de Ética da sigla. A Justiça reviu a decisão de suspender Jardel das funções de deputado, por seis meses, depois de ser questionada pela Assembleia, que sustentou ter a prerrogativa exclusiva para esse tipo de punição.

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