Petrobras recebe indicação de Prates para presidência da estatal

Petrobras recebe indicação de Prates para presidência da estatal

Ofício foi enviado nessa quinta-feira pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG)

R7

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A Petrobras recebeu a indicação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para exercer o cargo de presidente da estatal. O ofício foi enviado na última quinta-feira pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG). Além da presidência, Prates também foi indicado para integrar o Conselho de Administração da Petrobras. Seu nome, agora, passará por uma análise interna antes da avaliação por parte dos comitês de Elegibilidade e de Pessoas.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, Prates já foi aprovado pela Casa Civil da Presidência da República. O parlamentar era o principal cotado para assumir o comando da estatal e participou do grupo técnico de Minas e Energia da equipe de transição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Qual a visão do indicado?

A política de preços da Petrobras é um dos pontos mais sensíveis da empresa, na avaliação do indicado. Durante os trabalhos na equipe de transição, ele afirmou que a metodologia é uma política de governo, e não de Estado.

Por isso, há a expectativa de mudanças nos cálculos, de forma a reduzir o valor pago pelo consumidor nos produtos derivados do petróleo. A Petrobras adota o modelo de PPI (preço de paridade internacional), o que faz com o que os preços da gasolina, do etanol e do diesel acompanhem a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional. "Vejo a Petrobras como uma empresa que precisa olhar para o futuro e investir na transição energética para atender às necessidades do país, do planeta e da sociedade, além dos interesses de longo prazo de seus acionistas", declarou Prates ao anunciar sua indicação.

Intervenção

Recentemente, o indicado para a presidência da Petrobras negou que o governo fará intervenção na política de preços da estatal. Prates disse também que os preços serão vinculados internacionalmente de alguma forma. "Sempre vai ser influenciado pelos preços internacionais. Qualquer país é assim. Não é ideia minha. Todo preço da commodity de combustível e derivado de petróleo é referência, influenciado pela oscilação internacional", apontou.

"Claro que não (vai ter intervenção). Nunca ninguém falou em intervenção. Não sei quem inventou essa história de intervenção", disse. "A Petrobras não faz intervenção em preços. Ela cumpre o que o mercado e o governo criam de contexto. A Petrobras reage a um contexto. Então nós vamos criar a nossa política de preços para nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras. A gente não pode influenciar", completou.


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