PF deve pedir hoje quebra do sigilo de "mensaleiros"

PF deve pedir hoje quebra do sigilo de "mensaleiros"

Dos 36 investigados na Operação Caixa de Pandora, pelo menos 18 tiveram envolvimento em esquema de corrupção

AE

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A Polícia Federal (PF) começa hoje a segunda etapa da Operação Caixa de Pandora com pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos no chamado mensalão do DEM, entre os quais o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (que se desfiliou do partido), o presidente licenciado da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM), parlamentares e secretários de governo. O pedido consta de relatório parcial a ser entregue ao ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que preside o inquérito.

De um total de 36 investigados, pelo menos 18 tiveram envolvimento no esquema confirmado com a perícia dos documentos apreendidos na operação, em 27 de novembro. O objetivo da quebra de sigilos é investigar se os suspeitos tiveram movimentação bancária superior à renda e indícios de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro, detectados na primeira etapa da Caixa de Pandora. O relatório vai requerer novas buscas e apreensões em residências e escritórios dos alvos.

O documento também pede mais prazo para aprofundar as investigações, mas não deve incluir ainda pedidos de indiciamento ou de prisão. Além de reafirmar o modus operandi do grupo, que operava o mensalão com propinas de empresários ligados ao governo, o documento detalhará os primeiros resultados da perícia realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC) nos computadores e materiais apreendidos.

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