PF indicia educadora física no RS por divulgação de conteúdo eleitoral falso

PF indicia educadora física no RS por divulgação de conteúdo eleitoral falso

Mulher teria responsabilizado o governo federal por suposta fraude em urnas da eleição

Correio do Povo

Investigação iniciou com uma requisição feita pelo TRE/RS

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* Com informações do repórter Henrique Massaro

A Polícia Federal (PF) indiciou, na manhã desta sexta-feira, em Porto Alegre, uma educadora física por crimes eleitorais ao divulgar conteúdo falso em redes sociais. Em um vídeo, a mulher afirma que urnas fraudadas foram enviadas para a região Nordeste do Brasil, a mando do governo federal, em uma suposta fraude no atual processo eleitoral.

O caso foi encaminhado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul para a PF, que instaurou o inquérito. Com a investigação, a autora do vídeo foi identificada e indiciada por “Divulgar, na propaganda, fatos que sabe inverídicos, em relação a partidos ou candidatos e capazes de exercerem influência perante o eleitorado” e “Caluniar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato definido como crime”, artigos 324 e 325 do Código Eleitoral, com pena de três anos de detenção.

A pena ainda pode ser aumentada em um terço (Artigo 327, III), em razão da utilização de redes sociais para divulgação do conteúdo falso.

O desembargador Jorge Luís Dall'Agnol, presidente do TRE-RS, lamentou o fato. De acordo com ele, este ano cresceu consideravelmente o número de casos de informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro, o que, na sua visão, vai contra a luta história da Justiça Eleitoral em garantir a integridade das eleições e consolidada com a urna eletrônica, utilizada há 22 anos sem registro de irregularidade. "É uma pena, porque isso, de certa forma, mascara a real situação não só dos candidatos, mas a vivenciada pela própria Justiça Eleitoral", comentou.


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