PF não indicia Bolsonaro por suposta importunação de baleia jubarte

PF não indicia Bolsonaro por suposta importunação de baleia jubarte

Ministério Público Federal decidirá se vê ou não elementos para oferecer denúncia

Estadão Conteúdo

Bolsonaro confirmou que cruzou com a baleia no passeio, mas alegou que tomou os cuidados necessários para não atrapalhar a movimentação do animal

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A Polícia Federal concluiu o inquérito aberto em novembro do ano passado para apurar se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) importunou uma baleia jubarte durante um passeio de jet ski em São Sebastião, no litoral de São Paulo. Após cinco meses, a investigação foi encerrada sem o indiciamento do ex-presidente.

Cabe agora ao Ministério Público Federal decidir se vê ou não elementos para oferecer denúncia. O órgão também pode pedir diligências complementares. O delegado Breno Adami Zandonadi concluiu que não há provas de que Bolsonaro soubesse que estava cometendo um crime. Ele afirmou que a aproximação foi "inadequada", mas não viu intenção de importunar a baleia.

"Percebe-se que o investigado Jair Messias Bolsonaro não possuía consciência da ilicitude de seu comportamento, pois postou o vídeo na internet como uma forma de admiração pelos animais, sem imaginar que o fato poderia gerar um processo criminal. Assim, tenho que não houve a intenção de molestar ou causar qualquer ofensa aos animais avistados pelos investigados", diz um trecho do relatório da investigação.

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Em depoimento, Bolsonaro confirmou que cruzou com a baleia no passeio, o que foi registrado em vídeo, mas alegou que tomou os cuidados necessários para não atrapalhar a movimentação do animal. O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, que representa o ex-presidente, afirmou em nota que a máquina pública foi mobilizada "sem necessidade".

"Gerando inclusive custos ao Estado absolutamente descabidos." A legislação prevê pena de até cinco anos de prisão, além de multa, para a pesca ou "qualquer forma de molestamento intencional" de toda espécie de cetáceo no País. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tem uma portaria complementar que proíbe a aproximação com o motor engrenado a menos de 100 metros de qualquer baleia.


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