PGR avaliará se reabre inquérito sobre queda de avião que matou Eduardo Campos
Político cumpria agenda de campanha à Presidência quando sofreu acidente, em 2014
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O juiz federal Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal Criminal de Santos, decidiu remeter à Procuradoria-Geral da República (PGR) o pedido do advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, para reabertura do inquérito sobre a morte do político. À época, Campos era candidato à Presidência da República. Ele cumpria agenda de campanha viajando do Rio de Janeiro para o Guarujá quando seu avião, um Cessna 560XL, caiu em uma região de prédios e casas térreas em Santos, em 13 de agosto de 2014.
Em despacho publicado nesta quinta, 16, Lemos apontou a singularidade do caso e indicou que o encaminhamento à PGR visa "assegurar a revisão da investigação e assentar o acerto da conclusão alcançada" - no caso, a negativa do Ministério Público Federal em reabrir o caso após "fatos novos" apresentados por Antônio Campos.
O inquérito foi arquivado em 2019, com resultado inconclusivo. Os investigadores não conseguiram determinar a causa exata da queda da aeronave e definir os responsáveis por eventuais crimes ou falhas, levantando quatro hipóteses para o ocorrido.
Em julho, Antônio Campos anunciou que pediria a reabertura do caso. O requerimento tomou como base um parecer técnico de 246 laudas. De acordo com o advogado, a petição levada à Justiça ainda "traz um roteiro como chegar aos possíveis responsáveis" pelo que chama de "acidente provocado".