Pimenta questiona Bolsonaro como líder da oposição após retorno

Pimenta questiona Bolsonaro como líder da oposição após retorno

Ministro da Secom de Lula embasou declaração na adesão à manifestação sem presença de "robôs"

Felipe Nabinger

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O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, minimizou a volta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil e seu papel como líder de uma oposição a Lula (PT). Além de ver Bolsonaro "isolado" caso queira "atrapalhar", Pimenta comentou sobre a baixa adesão de populares em ato marcado para chegada do ex-presidente a Brasília pela ausência de "robôs".

"Eu tenho dúvidas dessa história do Bolsonaro como líder da oposição. Esperavam um ato grandioso em Brasília, pediram reforço da Polícia Federal, bombeiros, helicópteros, tinha de tudo. Chegou na hora havia mais policiais que apoiadores esperando. Parece que tinha três policiais para cada pessoa", disse antes de participar de evento da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), na capital gaúcha.

O ministro petista credita o ato menor que o esperado aos atos extremistas de 8 de janeiro e sua repercussão, com prisões daqueles que atentaram contra os Três Poderes e à ausência de "robôs" da internet. O responsável pela Secom disse que dois terços das páginas que produzem informações antidemocráticas, associadas por ele a Bolsonaro, estão fora do Brasil. "Mais de 70% das postagens são automáticas, de robôs. Então essa turma não tem como estar no ato", afirmou.

Sobre a possibilidade da presença de Bolsonaro do país dificultar temas na área econômica como o arcabouço fiscal e a reforma tributária, Pimenta disse não acreditar. "São temas que transcendem os partidos políticos. Não é um projeto do PT ou do Lula. Aqueles que tentarem transformar em uma bandeira contaminada pela questão ideológica para fazer disputa política vão ficar isolados. O povo brasileiro está cansado desse ambiente de ódio e negacionismo", afirmou.

Pimenta reforçou o compromisso de Lula de até 10 de abril, ao completar cem dias de governo, devolver os direitos que "foram retirados" como os programas Bolsa Família, Farmácia Popular, Mais Médicos e Minha Casa Minha Vida. "Ele vai ter oportunidade de ver como o Brasil melhorou. O povo brasileiro respira um ambiente mais saudável. Se ele quiser ajudar pode ajudar, se ele quiser atrapalhar vai ficar isolado", disse.

Sobre declarações recentes de Lula acerca do senador Sergio Moro (União-PR), Pimenta disse que é necessário separar a comunicação governamental de opiniões pessoais e que o presidente é um líder político e continuará emitindo opiniões.


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