Piratini agenda reunião com TCE para avaliar troca de metodologia de cálculo de gastos com pessoal

Piratini agenda reunião com TCE para avaliar troca de metodologia de cálculo de gastos com pessoal

Objetivo é deixar o Estado apto para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal

Luiz Augusto Kern

Branco garante que está batido o martelo para a convocação da Assembleia na última semana de janeiro, nos dias 29, 30 e 31

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O Palácio Piratini agendou para a semana que vem o primeiro encontro com a cúpula do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para dar início efetivo às definições de como se dará a troca de metodologia de cálculo de gastos com pessoal no orçamento estadual. Fábio Branco, chefe da Casa Civil, entende que há dois passos a serem dados a partir de agora: o primeiro é acertar com o tribunal a interpretação dos números, “com o objetivo de deixar o Estado apto para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal”.

O próximo movimento, é a aprovação – ainda em janeiro – da autorização legislativa para que o governo assine um pré-acordo com a União em torno do ajuste fiscal. Branco garante que está batido o martelo para a convocação da Assembleia na última semana de janeiro, nos dias 29, 30 e 31. As datas foram acordadas com a base aliada, o que não impede que o governo tenha redobrado a atenção sobre as férias dos deputados e mantenha atualizada planilha com as viagens de cada parlamentar.

O chefe da Casa Civil diz também não acreditar em alguma punição ao RS ou a algum gestor político com o abandono da “contabilidade criativa”, adotada por anos para manter artificialmente o gasto com pessoal dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Até agora, o critério utilizado pelo Tesouro estadual e pelo TCE-RS excluía do cômputo de despesas com pessoal, dentre outros itens, os gastos com pensões, assistência médica e imposto de renda retido na fonte, determinando que a despesa nesta rubrica permanecesse abaixo dos 70%.

Longe da LRF

Branco fez uma revelação sobre o que ouviu nos encontros na Câmara de Conciliação, em Brasília: ao aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, o Estado ficará totalmente desvinculado da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), fugindo das penalidades previstas por quem ultrapassa os 70% de gasto com pessoal. Uma das punições para o Estado que desrespeita a LRF é o corte de repasses federais. Branco confidenciou também que a nova metodologia do gastos com pessoal — que levará as despesas hoje em torno de 58% para mais de 70% — só será utilizada a partir de agora, janeiro de 2018. Com este índice, o RS poderá assinar o pré-acordo com a União.

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