Piratini busca alternativas para garantir adesão ao Plano de Recuperação Fiscal

Piratini busca alternativas para garantir adesão ao Plano de Recuperação Fiscal

Exigências feitas pelo Tesouro Nacional indicam necessidade de apresentação de ativos

Taline Oppitz

Piratini busca alternativas para garantir adesão ao Plano de Recuperação Fiscal

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Além dos problemas rotineiros de caixa e das reuniões a cada fim de mês para definir o cronograma de parcelamento da folha do Executivo, técnicos da Fazenda, da Procuradoria-Geral do Estado e o secretário Giovani Feltes, pessoalmente, têm se dedicado a reuniões, quase que diárias, na tentativa de equalizar obstáculos e viabilizar a adesão ao Plano de Recuperação Fiscal. Os principais impedimentos são exigências feitas pela Secretaria do Tesouro Nacional. Entre elas, a necessidade de apresentação de ativos, que servirão de garantia aos recursos viabilizados com a adesão ao Plano.

Como o Piratini não poderá contar com valores relativos às privatizações da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Sulgás, que dependem da autorização da população, por meio de plebiscito, na melhor das hipóteses, junto com as eleições de 2018, alternativas como a federalização do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e do Badesul entraram na mesa de negociações. No caso do BRDE, a transação, avaliada preliminarmente em R$ 3 bilhões, depende também do aval dos governos de Santa Catarina e do Paraná, que estariam dispostos a avalizar a medida. Outra questão é que o valor resultante da transação teria de ser repartido entre os três estados.

O Badesul tem valor estimado em menos de R$ 1 bilhão. A tentativa do governo gaúcho, no entanto, não deve prosperar. Interlocutores do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), já teriam avisado que não há interesse na federalização das duas instituições. A adesão ao Plano de Recuperação Fiscal permitirá a ampliação da capacidade de endividamento do Rio Grande do Sul em pelo menos R$ 3 bilhões e a carência de 36 meses no pagamento das parcelas da dívida com a União, de cerca de R$ 280 milhões mensais.

Estado precisa realizar licitação internacional

O contrato do Plano de Recuperação Fiscal estabelece ainda a necessidade de realização de licitação internacional para a definição de empresa que ficará responsável pela avaliação dos ativos que serão dados pelo Estado como garantia financeira.

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