Planalto e deputados do "Centrão" retiram apoio a Eduardo Cunha

Planalto e deputados do "Centrão" retiram apoio a Eduardo Cunha

Conselho de Ética deve votar parecer pela cassação do presidente afastado da Câmara nesta terça

AE

Planalto e deputados do "Centrão" reitram apoio a Eduardo Cunha

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Eduardo Cunha está ficando isolado. O presidente afastado da Câmara dos Deputados perdeu o apoio do Palácio do Planalto, do PMDB e do Centrão (maior bloco parlamentar informal do Congresso) na luta para manter o mandato, segundo o jornal o Estado de São Paulo.  Cunha está sendo pressionado por antigos aliados para que renuncie ao cargo na direção da Casa, e pela Operação Lava Jato.

Entretanto, o deputado reluta, pois vê a preservação do mandato como única forma de não ser preso – ele teme que seus processos sejam remetidos a primeira instância e fiquem sob cuidados do juiz Sérgio Moro.

Conforme a reportagem do jornal O Estado de São Paulo, na semana passada Cunha foi procurado por dois parlamentares do Centrão, grupo que ajudou a criar. Ambos o aconselharam a renunciar, pelo bem do governo do presidente em exercício Michel Temer. Cunha se descontrolou e, aos gritos, disse que jamais tomará essa atitude. A medida seria vista como sinal de enfraquecimento, e isso poderia tornar inevitável a cassação em plenário.

O medo do PMDB e do Planalto é de que Cunha, num gesto de vingança, possa fazer acusações contra Temer e o partido. No Planalto, a avaliação é de que Cunha se tornou um fator que só atrapalha o governo.

Entre os parlamentares do "Centrão", a convicção é de que a “criatura se tornou maior do que o criador”, conforme a definição de um líder ao falar do grupo e de Cunha. O objetivo do bloco é manter o poder sobre o comando da Câmara e fazer o sucessor do presidente afastado da Casa.

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