Plano de venda de ações do Banrisul será apresentado em Londres e Nova Iorque
Início do road show está previsto para iniciar 9 de novembro, após balanço do 3º trimestre do banco
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Segundo o presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Veras, este processo começa dia 9 de novembro, após a publicação do balanço do terceiro trimestre. O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, destacou que estão previstas apresentações em Londres, Nova Iorque e até a mesmo Cingapura. Ele ressaltou, no entanto, que a liquidação da operação deverá ser concretizada na Bolsa de Valores de São Paulo.
Sobre os números de ações colocadas à venda, Veras detalhou que o banco possui dois grupos: ações ordinárias e preferenciais, cada um deles representando 50% de todo o patrimônio do Banrisul. As ordinárias são as que têm direito a voto no conselho e estão ligadas ao controle acionário. Os outros 50% de ações preferenciais, 43% já foram comercializados em 2007, no IPO. Portanto, com este novo processo, o Banrisul ficará sem nenhuma ação PN sob o seu controle.
Feltes frisou que o governo não faz nenhum tipo de especulação em relação ao montante que entrará nos cofres do Estado com a venda. Porém, num cálculo rápido, pode-se dizer que se cada uma das 128 milhões de ações colocadas no mercado forem vendidas, cada uma, a R$ 17,5 (valor médio das PN na Bolsa de São Paulo), o governo deverá arrecadar praticamente R$ 2,2 bilhões.
Por que o Banrisul?
Feltes colocou que o governo Sartori vem pensando sobre o assunto faz tempo e que o anúncio desta quinta não tem relação direta com o Plano de Recuperação Fiscal, embora tenha deixado claro que o governo federal cogitou de incluir o banco entre os ativos a serem vendidos. "Porém, esta ação de hoje é para deixar claro para todos que o Estado segue detentor do Banrisul, não recuamos nisto. "O secretário elencou a boa saúde financeira e a valorização do banco no mercado como fatores propulsore para que o governo tomasse a decisão de vender as ações.
O chefe da Casa Civil, Fábio Branco, disse que o Banrisul é uma "pérola do Estado" e por isso a importância de realizar esta operação. Para ele, os recursos oriundos da venda das ações servirão para ajudar no equilíbrio fiscal do RS. "Trata-se de olhar a longo prazo e não tapar furo para pagar as contas". Os recursos devem entrar nos cofres do Estado em dezembro.