Plano Diretor será o desafio do ano para o novo presidente da Câmara de Porto Alegre

Recém empossado presidente da Câmara de Porto Alegre, Hamilton Sossmeier (PTB) não deverá enfrentar um ano turbulento no Legislativo municipal. No entanto, a proposta que prevê alterações no plano diretor da cidade, prevista para ser enviada à Casa no segundo semestre de 2023, será o grande imbróglio a ser enfrentado. Segundo presidente, a matéria deve demandar discussões com diversos setores da cidade e um grupo de trabalho deverá ser instalado na Câmara para tratar do assunto. "É um projeto complexo. É um projeto que vai dar muita discussão, muito embate, porque tem uma série de questões", afirmou em entrevista ao Esfera Pública, da Rádio Guaíba. 

Conforme Sossmeier, há em Porto Alegre uma série de áreas que precisam ser pensadas, como as rurais. Um dos objetivos com a nova reformulação é que o Centro Histórico retorne a ser um bairro com alta ocupação residencial, ajudando na ampliação da sensação de segurança para quem circula. 

Mudanças não alteram votos

Apesar da saída de sete vereadores – que foram eleitos para outros cargos no Legislativo – resultar na entrada de novos nomes na Câmara, o presidente acredita que a fotografia do Legislativo em si não deve mudar, uma vez que os suplentes votam da mesma forma que outros que saem, o que é diferente é o perfil de cada parlamentar. 

Destes que saem, cinco são de oposição (PT, PCdoB e PSol). A bancada, apesar de minoria dentro da Casa – com 10 vereadores – costuma ser bem combativa e, nos últimos dois anos, o plenário foi palco de duros embates com a base. Em relação a isso, contudo, Sossmeier garantiu que tem um bom trânsito entre os pares e que terá uma postura firme, se preciso, mas com diálogo, garantindo um bom funcionamento da Casa. Apesar de integrar a base aliada de Sebastião Melo (MDB), o presidente garantiu que, enquanto exerce sua função, irá atuar com isenção. 

O legado 

Além de um bom ano de trabalho, Hamilton Sossmeier pretende deixar como legado de sua gestão na Câmara o equilibrio e o respeito às individualidades de cada um. "A gente sabe que vai haver as discussões, vai haver os enfrentamentos e isso faz parte do parlamento. Mas que isso seja dentro do nível de respeito. Entendendo que uma coisa é o parlamentar a outra é ser humano".