Policiais civis iniciam operação-padrão em todo o Rio Grande do Sul, diz sindicato

Policiais civis iniciam operação-padrão em todo o Rio Grande do Sul, diz sindicato

Objetivo é pressionar o governo e deputados estaduais em relação ao pacote que corta direitos do funcionalismo público

Cláudio Isaias

Integrantes de sindicatos dos escrivães da Polícia Civil e Brigada Militar em reunião sobre pacote do governo Eduardo Leite

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A Ugeirm Sindicato anunciou o começo de uma operação-padrão dos policiais civis em todo o Rio Grande do Sul a partir desta segunda-feira. O objetivo é pressionar o governo e os deputados estaduais em relação ao pacote que a entidade avalia como um ataque aos direitos da categoria.

A orientação é de que o registro de ocorrência ocorra somente de fatos criminais; que não sejam colhidos depoimentos referentes às ocorrências registradas e que sejam lavrados autos de prisão em flagrante apenas com a presença da autoridade policial e por ordem de chegada. Além disso, viaturas sem condições não deverão ser utilizadas.

Entre outras restrições durante a operação-padrão, estão o cancelamento de operações policiais, diligências ou buscas, exceto nos casos de crimes graves, tais como homicídios, latrocínios, roubos, estupros, ou que tenham crianças e mulheres como vítimas.

Na semana passada, a Ugeirm Sindicato comandou uma paralisação de dois dias da categoria. Ao mesmo tempo, a entidade mantém uma negociação com o governo a respeito da paridade e da integralidade da aposentadoria policial, aumento das alíquotas de contribuição de ativos e inativos, o fim das promoções periódicas e a restrição às atividades sindicais, entre outras questões.

A entidade de classe recomenda ainda que as ações aconteçam sempre em horário comercial; que as metas de prisões sejam cumpridas em apenas 50% no mês e que não sejam realizadas diligências com agentes sozinhos, nem mesmo distribuição e busca de expediente. Outras recomendações são a exigência de diárias depositadas antecipamente em caso de diligências fora da cidade de trabalho, negativa ao uso de colete balístico vencido e solicitação imediata de reposição de munições vencidas, assim como o cancelamento da divulgação de operações policiais nas mídias e redes sociais.


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