Por "coerência", Ana Amélia pede a saída do PP do governo

Por "coerência", Ana Amélia pede a saída do PP do governo

Senadora gaúcha revelou que presidente do partido contrariou acordo com parlamentares

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Senadora Ana Amélia Lemos pede saída do PP do governo por liberdade e coerência

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A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) pediu a saída imediata do Partido Progressista do governo de Dilma Rousseff em entrevista à Rádio Guaíba nesta terça-feira. A posição é antiga, mas é reforçada após o presidente da legenda, Ciro Nogueira, cancelar uma reunião que trataria do tema e garantir o apoio a Dilma. Ana Amélia cita os participantes na comissão especial do impeachment para provar que é preciso liberdade e coerência neste momento.

“Na votação da comissão especial eram cinco votos. Três favoráveis ao impeachment e dois contra. Então, ele (presidente nacional do PP, Ciro Nogueira) ofereceu ou contratou um apoio sem ter a garantia da maioria do partido. Os diretórios do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Minas Gerais e do Acre firmaram documento favorável a saída do governo e o apoio ao impeachment. Ele contrariou aquilo que ele havia se comprometido com os parlamentares, que só se manifestaria após apreciado o relatório do processo de impeachment. Não foi o que aconteceu. Quase as vésperas do processo, ele anunciou que o partido continuaria no governo e iria votar contra o impeachment”, afirmou a senadora.

Ana Amélia Lemos lembrou que o PP gaúcho sempre foi contra participar do governo e que a postura não muda. “Se depender da bancada gaúcha, não há dúvida. Se depender do meu desejo, também não. Aliás, nunca estive no governo. Nunca entrei. Aqueles que participaram, a saída é o melhor caminho para ter liberdade e coerência. Temos que agir com clareza na tomada de posições”, declarou a senadora.

Nesta terça-feira, Ciro Nogueira revelou que o PP está reavaliando a postura de apoiar o governo na votação. Principalmente depois que o deputado Maurício Quintella (PR-AL) deixou a liderança do partido para votar pelo impeachment e do voto a favor do parecer pela cassação do presidente da comissão especial do impeachment, Rogério Rosso (PSD-/DF).


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