Por "coerência", Ana Amélia pede a saída do PP do governo
Senadora gaúcha revelou que presidente do partido contrariou acordo com parlamentares
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“Na votação da comissão especial eram cinco votos. Três favoráveis ao impeachment e dois contra. Então, ele (presidente nacional do PP, Ciro Nogueira) ofereceu ou contratou um apoio sem ter a garantia da maioria do partido. Os diretórios do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Minas Gerais e do Acre firmaram documento favorável a saída do governo e o apoio ao impeachment. Ele contrariou aquilo que ele havia se comprometido com os parlamentares, que só se manifestaria após apreciado o relatório do processo de impeachment. Não foi o que aconteceu. Quase as vésperas do processo, ele anunciou que o partido continuaria no governo e iria votar contra o impeachment”, afirmou a senadora.
Ana Amélia Lemos lembrou que o PP gaúcho sempre foi contra participar do governo e que a postura não muda. “Se depender da bancada gaúcha, não há dúvida. Se depender do meu desejo, também não. Aliás, nunca estive no governo. Nunca entrei. Aqueles que participaram, a saída é o melhor caminho para ter liberdade e coerência. Temos que agir com clareza na tomada de posições”, declarou a senadora.
Nesta terça-feira, Ciro Nogueira revelou que o PP está reavaliando a postura de apoiar o governo na votação. Principalmente depois que o deputado Maurício Quintella (PR-AL) deixou a liderança do partido para votar pelo impeachment e do voto a favor do parecer pela cassação do presidente da comissão especial do impeachment, Rogério Rosso (PSD-/DF).