PPS defende impedimento de Dilma e critica situação econômica do país
Com bancada de oito deputados, partido foi 16º a discursar
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Em seu discurso, o deputado Arnaldo Jordy (PA) lembrou que o PPS é "herdeiro do PCB" e criticou os argumentos apresentados pelos governistas, de que não houve crime de responsabilidade praticado por Dilma Rousseff. "Tentam caracterizar como se não houvesse dolo, e isso é mentiroso. O impeachment está previsto na Constituição; as pedaladas são outro nome para crimes fiscais." "Acolher os argumentos do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, significa nos redimir do que fizemos ao ex-presidente Fernando Collor. Teríamos de fazer uma estátua para ele, porque muito mais crimes praticou a presidente Dilma. Vamos ao impeachment com a responsabilidade de construção de um país melhor para os brasileiros", acrescentou.
Líder do PPS, o deputado Rubens Bueno (PR), destacou que a queda nos índices de aprovação do atual governo, apontada por institutos de pesquisa, torna evidente a perda de confiança em Dilma, pela população brasileira. Ele reiterou também a avaliação de que, sem autorização do Congresso Nacional, a abertura de créditos suplementares por decreto presidencial justifica a punição. "Não foi por acaso que o PT era contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele previa que não deveria respeitá-la", argumentou.
A avaliação de que houve crime de responsabilidade praticado por Dilma Rousseff foi corroborada pelo deputado Arthur Maia (BA). Ele acrescentou que as justificativas para o impeachment não param por aí. "Dilma é também acusada de crimes de corrupção. E vai responder por eles depois de ser retirada".