PR deixará base aliada mas "não vai afrontar" governo

PR deixará base aliada mas "não vai afrontar" governo

Presidente nacional do partido disse que postura "não será irresponsável nem de revanchismo"

AE

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O líder do PR na Câmara, deputado Lincoln Portela (MG), declarou nesta terça-feira que o partido deixará a base aliada no Congresso. O presidente nacional do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), formalizará o anúncio em um pronunciamento previsto para o final da ordem do dia do plenário. Esse discurso estava programado para as 15h, mas acabou adiado devido à resistência de alguns senadores.

Nascimento adiantou que a postura a ser assumida pelo PR "não será irresponsável nem de revanchismo", já que o partido ajudou a construir o projeto de governo. Afirmou que a sigla "não vai afrontar" o governo, nem apoiar requerimentos de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) contra o Planalto. Lincoln Portela afirmou que o anúncio corresponde à posição da maioria dos 48 parlamentares do partido, que foram ouvidos na semana passada.

A resistência de alguns senadores à independência refere-se aos cargos que o partido ainda mantém no governo. Segundo Portela, "o partido colocará os cargos à disposição do governo". Questionado se o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos - que é filiado ao PR - teria de entregar o cargo, Alfredo Nascimento respondeu aos repórteres que "isso tem que ser perguntado a ele". Mas no depoimento prestado hoje na Comissão de Infraestrutura do Senado, Passos afirmou que o seu cargo pertence à presidente Dilma Rousseff e não ao partido.

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