Prefeitos debatem medidas contra o crack em Brasília
Droga está presente em 98% dos municípios do país, segundo CNM
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Padilha reforçou a importância da parceria entre o governo federal, estados e municípios no combate às drogas, especialmente o crack. “O crack é uma epidemia que desafia os serviços de saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS) deve se reorganizar para acolher as pessoas e tratá-las.” Até 2014, segundo o ministro, devem ser investidos, em todo o País, R$ 4 bilhões na implantação e ampliação dos serviços, incluindo a criação de mais de 13 mil novos leitos para atender aos usuários de crack e outras drogas.
O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, ressaltou as dificuldades enfrentadas pelos municípios com relação a segurança, a prevenção, o tratamento e a reinserção social dos usuários de drogas. “As prefeituras estão assumindo toda essa responsabilidade e não temos um plano para enfrentar e combater a droga”, explicou.
Presença do crack já está em quase todo o território nacional
Durante o evento, a CNM mostrou dados do Observatório do Crack, que destaca a presença da droga em 98% dos municípios brasileiros e a expansão na área rural. A consequência da circulação do crack é o aumento da violência, a falta de estrutura para o atendimento de usuários e a inexistência de recursos para aplicar em políticas de prevenção, tratamento, reinserção social e combate ao tráfico.
Conforme o ministro da Saúde, a proposta do governo federal com o plano Crack é Possível Vencer é reorganizar a rede de atenção a dependentes químicos, criando consultórios de rua e enfermarias especializadas em álcool e drogas. Além disso, a ideia é criar unidades de acolhimento adulto e infantil e fortalecer os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas 24 horas.