Prefeitura de Porto Alegre fecha com resultado positivo ano de 2015

Prefeitura de Porto Alegre fecha com resultado positivo ano de 2015

Balanço entregue na tarde desta quarta-feira mostra que contas da Capital ficaram no azul

Jéssica Mello

Balanço entregue na tarde desta quarta-feira mostra que contas da Capital ficaram no azul

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A pesar da crise e da ameaça de parcelamento do salário dos servidores, a Prefeitura de Porto Alegre fechou o ano de 2015 com resultado positivo de R$ 231,2 milhões. Segundo o prefeito, José Fortunati, 70% das cidades do país fecharam o ano com resultados negativos. “Conseguimos concluir 2015 no azul, com um superávit pequeno, o que é muito importante por não fechar possibilidades de financiamentos nacionais e internacionais, além de não iniciar um novo ano já com o orçamento comprometido por dívidas”, disse o prefeito. O balanço das finanças foi entregue no início da tarde de ontem ao presidente da Câmara de Vereadores, Cassio Trogildo, com a presença de outros representantes do poder legislativo municipal.

A receita consolidada foi de R$ 5,6 bilhões, o que representou uma redução de 7,9% se comparado com o ano anterior. Por outro lado, as despesas também tiveram queda de 7,1%, chegando a R$ 5,4 bilhões. Com isso, o resultado primário positivo foi de R$ 63,5 milhões. Os investimentos na área da saúde foram 5,16% superiores a 2014. “Investimos mais do que nos anos anteriores pela necessidade gerada pela falta de repasses. Como resultado, estamos atendendo mais pessoas do interior do que da Capital. Na alta complexidade, 65% dos pacientes são de fora da cidade”, ressalta o prefeito. Foram gastos R$ 620 milhões. Na área da Educação, 829 milhões foram injetados.

A dívida consolidada líquida aumentou de R$ 468 milhões para R$ 825 milhões. De acordo com o secretário da Fazenda, Jorge Tonetto, a alteração é resultado da inclusão de precatórios e cerca de R$ 40 milhões pela variação do dólar.
A possibilidade de resultados piores em 2016 tem deixado os gestores apreensivos. Em fevereiro, Fortunati chegou a falar sobre a necessidade de parcelar ou atrasar o salário dos servidores. “Estamos muito preocupados porque a previsão de uma grande crise em 2016 ultrapassou nossas expectativas e é muito maior. A crise ética e moral se aprofundou e paralisou o país. Hoje Brasília está parada, sem tomar medidas de combate à crise, que se agrava a cada dia que passa com aumento de desemprego, fechamento de empresas. Isso tudo afeta muito o orçamento do município”, afirmou o prefeito. Para a administração municipal, o principal desafio é ter um acréscimo na receita sem aumentar os tributos.
Ele garantiu ainda que outros dois financiamentos estão sendo encaminhados. O Banco Mundial deve dispor de 100 milhões de dólares para a qualificar a educação com a construção de escolas e qualificação dos professores. Enquanto isso, o banco de desenvolvimento CAF já recebeu o pedido de 92 milhões de dólares para a primeira fase da revitalização da orla do Guaíba, 100 km de pavimentação das principais vias da Capital, algumas obras do Orçamento Participativo e a modernização do sistema de cobrança tributária da fazenda. Nenhum dos dois processos têm previsão de liberação.

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