Prefeitura pede desarquivamento de projeto que modifica carreiras em Porto Alegre

Prefeitura pede desarquivamento de projeto que modifica carreiras em Porto Alegre

Proposta havia sido retirada de pauta na tentativa de acabar com greve do funcionalismo

Samantha Klein/Rádio Guaíba

Prefeitura pede desarquivamento de projeto que modifica carreiras em Porto Alegre

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A Prefeitura encaminhou, nesta quarta-feira, pedido de desarquivamento do projeto que altera as regras para a concessão de avanços nas carreiras do funcionalismo em Porto Alegre. O texto modifica os regimes de dedicação exclusiva. Em reunião de líderes marcado para quinta-feira, a liderança do governo vai solicitar priorização. Se houver acordo, a matéria entra na pauta de votações na próxima semana.

No bojo da movimento da Prefeitura, deve entrar na priorização também a proposta que extingue a licença-prêmio dos servidores. Conforme o líder do governo na Câmara, Moisés Barbosa (PSDB), essa é uma resposta aos vereadores já que matérias importantes para o Executivo não foram colocadas em apreciação.

“Já que priorizamos outros projetos que a Câmara não deu prosseguimento, caso da Lei Antivandalismo e dos aplicativos de transporte privado, resolvemos discutir o assunto com a sociedade exaustivamente, mesmo que seja uma proposta impopular”, ressalta. “A situação é mais séria do que se imagina, estamos atingindo o limite prudencial de gastos com o funcionalismo público. Além disso, a sociedade não aceita mais conceder licença prêmio para os servidores ficarem em casa por três meses”, sustentou.

Antes de ser encerrada a greve do funcionalismo, o prefeito Nelson Marchezan Júnior anunciou em novembro a retirada da Câmara Municipal do projeto que muda o regime de trabalho de servidores. A medida não bastou para dar fim ao impasse. O movimento grevista foi finalizado depois que mais de 20 vereadores se comprometeram a não aprovar a matéria e outros dois projetos que podem impactar o funcionalismo.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Municipários, Alberto Terres, a categoria vai acionar os políticos para impedir a votação da pauta. “Já estamos conversando com os vereadores para impedir mais esse ataque do prefeito aos servidores. Não se pode sair cortando direitos dos trabalhadores”.

A proposta vai enfrentar dificuldades de aprovação. A oposição já se organiza para tentar impedir que a proposição avance.

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