Preferimos Macri, mas vamos manter laços se Fernandéz ganhar, diz Mourão

Preferimos Macri, mas vamos manter laços se Fernandéz ganhar, diz Mourão

Vice-presidente da República afirmou que é preciso preservar relações por questões econômicas e pelo berço comum dos países

Correio do Povo

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O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, voltou a afirmar a posição do governo favorável à reeleição do atual presidente da Argentina, Mauricio Macri, mas admitiu que, independente de quem ganhe, o Brasil manterá uma relação amistosa. "Óbvio que gostaríamos que o presidente Macri, que tem um relacionamento muito bom com o nosso governo, vencesse. Mas os indícios são muito fortes de que a vitória irá pro lado lá do Fernandéz e da Cristina Kirchner", afirmou durante palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), onde não falou com a imprensa.

"A Argentina é nosso terceiro parceiro comercial, então nós temos que manter essa ligação, não só por isso mas também pelo berço comum e as ligações históricas que temos", declarou, citando o ex-primeiro ministro do Reino Unido Lord Palmerston: "Não tem amizades eternas nem inimigos perpétuos, existem os nossos interesses", indicando que o governo Bolsonaro não irá retaliar um eventual governo de oposição na Argentina.

Mourão também revelou que vai passar o feriado de 7 de setembro em Londres, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, para estreitar relações com o que classificou de "novo governo" britânico. Em referência à saída do Reino Unido da União Europeia, Mourão citou Bernard Shaw, afirmando que "há duas tragédias na vida, uma é não obter tudo o que seu coração deseja, a outra é obter. Ele afirmou, no entanto, que o Brexit pode ser uma grande oportunidade para o Brasil no comércio exterior. "Todos aqueles que estão afinados e com essa visão de mundo têm de começar a pensar como vamos nos ligar com esse novo governo. Vou para lá iniciar esse trabalho importante", afirmou.


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