Presidente da Câmara promove jantar para garantir votos na PEC 241

Presidente da Câmara promove jantar para garantir votos na PEC 241

Proposta do teto de gastos por 20 anos será analisada em segundo turno nesta terça-feira

Agência Brasil

Proposta do teto de gastos por 20 anos será analisada em segundo turno nesta terça-feira

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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, promove na noite desta segunda-feira um jantar a deputados federais da base aliada do governo com o objetivo de angariar apoio para a votação da proposta que estabelece limite para os gastos públicos. Nesta terça-feira, a Proposta de Emenda à Consituição (PEC) 241 será analisada em segundo turno, após ter sido aprovada por 366 deputados na primeira votação.

Se passar, o texto vai ser apreciado pelo Senado, também em dois turnos. A intenção do Palácio do Planalto é acelerar as discussões nas próximas semanas com os senadores e ver promulgada a proposta até o fim deste ano. A emenda à Constituição cria um teto de gastos para os próximos 20 anos, e é considerada essencial para o governo sinalizar compromisso com medidas de ajustes e ganhar confiança dos agentes econômicos.

O presidente Michel Temer, que também foi convidado para o encontro, chegou há pouco na residência oficial da Câmara. A expectativa é que a PEC seja aprovada com a mesma adesão ou até com mais votos do que o primeiro turno. Para ser aprovada, ela precisa de, no mínimo, 308 votos.

Grande parte dos deputados acabou chegando na mesma hora, já que o plenário analisava até há pouco o projeto que retira a obrigatoriedade da Petrobras de participar da exploração do pré-sal. Enquanto eles entravam, um grupo de 20 servidores do Judiciário protestava contra a PEC, fazendo analogia ao fato de um jantar ter sido organizado para mobilizar apoio. "Não é mole não, vendendo voto por um Vale-Refeição", gritavam os manifestantes, com cartazes e chamando os deputados de "marmiteiros". O presidente da Câmara foi um dos últimos a chegar. Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, também foi alvo dos protestos ao descer do carro. Os ministros da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e da Saúde, Ricardo Barros, também estão presentes.

Em termos práticos, a proposta se propõe a limitar, durante 20 anos, o ritmo de crescimento dos gastos da União à taxa de inflação. Quem descumprir o limite será penalizado e ficará impedido de contratar pessoal, fazer concurso público, conceder reajuste aos servidores, criar cargos ou função que implique em aumento de despesa e alterar a estrutura de carreira que implique aumento de despesa.


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