Presidente da CNM critica populismo na aprovação de "pautas bomba" no Congresso

Presidente da CNM critica populismo na aprovação de "pautas bomba" no Congresso

Paulo Zulkoski vê parlamentares que evitam enfrentar governo federal por liberação de emendas

Felipe Nabinger

Presidente da CNM encerrou evento da Famurs, em Restinga Sêca

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"É um populismo barato que está destruindo o país". A crítica é direcionada aos parlamentares do Congresso Federal pelo presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski. Para ele, o ano eleitoral evidencia a aprovação de "pautas bomba", que trazem prejuízos financeiros aos municípios pois os legisladores não "têm coragem de enfrentar o governo federal" por conta das emendas parlamentares.

Ziulkoski participou da 40ª edição do Congresso de Municípios do Rio Grande do Sul, promovido pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e encerrado nesta quarta-feira, no Hotel Recanto Business Center, em Restinga Sêca. "O ano eleitoral está mostrando a gravidade do que está ocorrendo no Brasil. Borbulham em Brasília oito ou dez projetos, que já passaram, que trazem um prejuízo de R$ 60 bilhões em todo o país, sendo R$ 5 bilhões só no RS", aponta. 

Entre as pautas aprovadas mencionadas pelo dirigente da entidade estão a definição de alíquota teto do ICMS sobre combustíveis, transportes, gás e comunicação, que ainda depende de sanção, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que promete auxílio financeiro neste ano para os Estados que zerarem, até dezembro, o ICMS de diesel e GLP e a aprovação dos pisos salariais do magistério e da enfermagem. 

"Não somos contra o piso dos enfermeiros e dos professores, mas tem que ter dinheiro para pagar. A emenda que fizemos no projeto era que o governo federal entrasse com um valor para poder pagar. Mas os parlamentares não enfrentam o governo federal, que libera recursos em emendas parlamentares", analisa. Para Ziulkoski, "tudo  é apelo ao voto", pois, segundo ele, os parlamentares votam medidas definitivas para que, com emendas, conquistem apoio de prefeitos.


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