Presidente da Força Sindical fala em nova greve, caso governo não negocie reformas
Em evento no Dia do Trabalhador, Paulinho da Força disse que central quer negociar volta da contribuição sindical
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O presidente da Força Sindical e deputado federal Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), o Paulinho da Força, afirmou que outra greve poderá ser organizada se Temer não negociar alterações nas reformas trabalhista e previdenciária. De acordo com ele, a conta da crise tem que "ser paga por todos, não só pelos trabalhadores".
A Força Sindical é contrária, principalmente, ao fim da contribuição sindical e à nova idade mínima para aposentadoria. "Na (reforma) trabalhista, queremos discutir principalmente a contribuição sindical, que enfraquece o lado dos trabalhadores e permanece intacto o lado patronal", disse no início das comemorações do Dia do Trabalhador em São Paulo. "O presidente não pode imaginar que é o dono do Brasil. Ele tem que ouvir a população: 71% não concordam com as reformas", acrescentou, citando dado da pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda.
"Espero que governo tope negociar para fazer uma reforma civilizada e para que as pessoas possam entender que foi feita uma reforma para salvar do buraco em que o governo do PT nos deixou. Acho que ele (Temer) ouviu (as reivindicações da população na greve geral). Ele está só fazendo de conta (que não)", afirmou. Na sexta-feira, o presidente divulgou uma nota em que não mencionava a greve, apenas criticava 'atos isolados de violência'.
Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta segunda-feira, o presidente Michel Temer defendeu as mudanças na lei trabalhista, dizendo que a reforma marca um "momento histórico". "A nova lei garante os direitos não só para os empregos diretos, mas também para os temporários e terceirizados. Todos com carteira assinada. Portanto, concede direitos àqueles trabalhadores que antes não tinham. Empresários e trabalhadores poderão negociar acordos coletivos de maneira livre e soberana. O diálogo é a palavra de ordem", afirmou. Ao cumprimentar o trabalhador, trago mensagem de otimismo. De crença no Brasil e na força de cada um para transformar o nosso país.