Presidente de empresa alvo da CPI da Covid pede para adiar depoimento

Presidente de empresa alvo da CPI da Covid pede para adiar depoimento

Diretor-presidente da Fib Bank, Roberto Pereira está com oitiva marcada para quarta-feira; senadores devem negar solicitação


R7

Os senadores afirmam que o advogado e empresário Marcos Tolentino da Silva seria o sócio oculto da empresa

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O diretor-presidente da empresa Fib Bank, Roberto Pereira Ramos Júnior, que está com depoimento marcado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 para a próxima quarta-feira, pediu aos senadores para que a oitiva seja adiada por, ao menos, um dia. Pereira solicitou prazo para que possa "reunir maiores subsídios e documentos".

O pedido do empresário não deve ser acatado, segundo o senador Humberto Costa (PT-PE). A Fib Bank presta serviço de garantia de fianças e foi a garantidora do contrato da Precisa Medicamentos com o Ministério da Saúde, segundo os senadores.

A Precisa firmou contrato com o governo para venda de 20 milhões de doses da vacina contra covid-19 Covaxin, do laboratório indicano Bharat Biotech. O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a Fib Bank não é uma instituição bancária e que não estaria “regularmente amparada para garantir um contrato dessa natureza”.

Os senadores afirmam que o advogado e empresário Marcos Tolentino da Silva seria o sócio oculto da empresa. O senador Humberto Costa disse, na última semana, que a intenção é também ouvi-lo. Tolentino foi à CPI com Barros no dia em que ele prestou depoimento. O advogado nega que seja sócio do FIB Bank e diz ser presidente, há mais de 15 anos, do canal de televisão Rede Brasil.

A CPI ouve nesta terça-feira o sócio da empresa Belcher Farmacêutica, sediada no Paraná, Emanuel Catori. A empresa chegou a firmar um contrato de intenção de compra com o governo brasileiro para venda de 60 milhões de doses da vacina contra covid-19 do laboratório chinês CanSino, no valor de R$ 5 bilhões. Em meio às apurações da comissão, o laboratório rompeu o acordo com a Belcher.

A intenção dos senadores é concluir todos os trabalhos entre 15 e 25 de setembro, antecipando o prazo final da comissão, que poderia seguir até 5 de novembro.


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