"Prevemos uma enxurrada de ações" diz conselheiro da União Gaúcha sobre nova proposta para IPE Saúde

"Prevemos uma enxurrada de ações" diz conselheiro da União Gaúcha sobre nova proposta para IPE Saúde

Entidades começam a avaliar segunda versão apresentada pelo governo para a reestruturação do sistema de saúde dos servidores estaduais

Flavia Bemfica

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Entidades representativas de servidores estaduais começaram nesta quarta-feira a fazer as primeiras avaliações a respeito da nova versão apresentada pelo governo do Estado para o projeto de reestruturação do IPE Saúde. A União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública, que congrega 26 entidades, endureceu o discurso. “O governo buscou suavizar a elevação proposta de custos com dependentes, mas segue com o mesmo pressuposto, o de que pode repassar aumentos para os usuários sem que ocorram evasões. É um pressuposto equivocado e prevemos uma enxurrada de ações judiciais se mantidos esses moldes. Inclusive, com consequências que não vão recair sobre a atual administração, e sim sobre as próximas, a exemplo do que aconteceu com a Lei Britto”, aponta Filipe Leiria, conselheiro da entidade.

O Executivo apresentou a parlamentares aliados as alterações à proposta inicial na terça à noite. A principal mudança em relação ao que havia sido planejado inicialmente é a adoção de uma ‘trava global’ nas contribuições, como forma de tentar minimizar as resistências ao ponto mais crítico do projeto: o estabelecimento de cobrança para dependentes conforme faixa etária. A trava determina que o desconto máximo, incluindo contribuição do titular e dependentes, pode ser de no máximo o equivalente a 12% da remuneração total do titular. “Os servidores acumulam 56% de defasagem nos salários, a maioria não vai conseguir absorver o aumento na contribuição, então as próprias receitas que o governo projeta não vão se concretizar. O reajuste previsto para as tabelas de referência médica também não deverá funcionar, porque joga o custo passado para a frente. Vai estar sempre um passo atrás, ou seja, não vai resolver”, afirma Leiria.

O Executivo vai protocolar o texto na Assembleia Legislativa até o final desta semana.


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