Procuradores reagem e atribuem a Witzel tentativa de politizar investigação

Procuradores reagem e atribuem a Witzel tentativa de politizar investigação

Governador afastado do Rio desafiou procuradora do caso a apresentar provas que o liguem a vantagens

AE

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A Associação Nacional dos Procuradores da República divulgou nota nesta sexta para rebater as críticas do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, contra a subprocuradora-geral Lindôra Araújo, responsável pela denúncia que o acusa de corrupção e lavagem de dinheiro. Mais cedo, o governador acusou Lindôra de perseguição política e ligação com a família Bolsonaro. "Uma procuradora cuja imprensa já denunciou um relacionamento próximo com a família Bolsonaro. Bolsonaro que já declarou que quer o Rio de Janeiro, já me acusou de perseguir a família dele", disse Witzel.

 

"Eu quero desafiar o Ministério Público Federal, na pessoa da doutora Lindôra - porque a questão agora é pessoal -, que me acusou de chefe da organização criminosa. Quero que ela apresente um único e-mail, um único telefonema, uma prova testemunhal, um pedaço de papel, que eu tenha pedido qualquer tipo de vantagem ilícita", continuou o governador.

 

A ANPR rebateu Witzel, classificando as acusações como tentativa politizar ou desacreditar o trabalho desenvolvido pelo Ministério Público Federal. "As acusações feitas pelo MPF perante o Superior Tribunal de Justiça estão lastreadas por vasta documentação obtida nas Operações Favorito e Placebo, e amparadas, ainda, por delação de ex-autoridade pública do próprio governo estadual", afirma a entidade. "A tentativa de politizar ou desacreditar o trabalho desenvolvido pelo MPF merece ser veementemente rechaçada".

 

 


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