Procuradoria Geral da República conclui provas do mensalão tucano

Procuradoria Geral da República conclui provas do mensalão tucano

De acordo com a denúncia, foram desviados pelo menos R$ 3,5 milhões dos cofres públicos de Minas Gerais

Correio do Povo

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Expira nesta quarta o prazo para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) suas alegações finais em relação ao chamado mensalão tucano, o processo que investiga os desvios de dinheiro público para financiar a campanha pela reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB), atualmente senador, ao governo de Minas Gerais em 1998. No documento, Janot deve reforçar a convicção do Ministério Público de que o mensalão tucano de fato existiu e foi uma espécie de ensaio para o mensalão do PT durante o governo Lula. A expectativa é de que o julgamento ocorra ainda no primeiro semestre deste ano.

Em 3 de fevereiro, o relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso, abrirá prazo para as alegações finais de Azeredo. Em seguida, Barroso vai elaborar seu voto, que deve ficar pronto até o final de março. A próxima etapa é enviar o processo ao revisor, ministro Celso de Mello. Assim que o revisor terminar o trabalho, o caso será liberado para a pauta do plenário.

A investigação tem Marcos Valério estreando como operador da captação ilegal de recursos, nos mesmos moldes do mensalão do governo Lula. Mas as semelhanças entre os dois casos não são tantas. Enquanto o mensalão federal contava inicialmente com 40 réus, o mineiro tem dois réus: além de Azeredo, o senador Clésio Andrade (PMDB-MG). Os demais envolvidos são alvos de processos diferentes. Portanto, o julgamento do mensalão mineiro vai durar apenas algumas sessões, diferentemente do federal, que consumiu um semestre do STF. De acordo com a denúncia, foram desviados pelo menos R$ 3,5 milhões dos cofres públicos de Minas Gerais. Segundo o MPF, o esquema também utilizou o Banco Rural.

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