Procuradoria quer condenação de Dirceu na Lava Jato

Procuradoria quer condenação de Dirceu na Lava Jato

Além do político, MPF quer punição para mais 14 pessoas, entre elas executivos da Engevix

AE

MPF pediu a condenação de José Dirceu

publicidade

O Ministério Público Federal pediu em alegações finais na Operação Lava Jato a condenação do ex-ministro José Dirceu, do ex-tesoureiro do PT João Vaccari e de mais 13 pessoas, entre elas executivos da empreiteira Engevix. Eles são réus por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Leia mais sobre a Operação Lava Jato

Segundo a denúncia, a Engevix, prometia e oferecia, por meio dos operadores financeiros Milton Pascowitch e seu irmão José Afonso Pascowitch, vantagens ilícitas, que variavam entre 1% e 5% do valor dos contratos e aditivos, aos Diretores da respectiva área de negócios da Petrobras (no presente caso, à Diretoria de Serviços, mais especificamente ao Diretor, Renato Duque, e a  seu Gerente Executivo de Engenharia, Pedro Barusco).

Estas vantagens indevidas eram divididas entre os funcionários da Petrobras e o partido responsável pela indicação da diretoria: os valores destinados à Diretoria de Serviços eram partilhados com o Partido dos Trabalhadores (PT).

"Foi neste contexto, portanto, que João Vaccari, José Dirceu e Fernando Moura receberam valores espúrios pagos pela Engevix no estratagema de corrupção perpetrado no seio e em desfavor da Petrobras", registrou a Procuradoria em suas alegações finais.

"Foram imputados atos de corrupção referentes à atuação de agentes e gestores da Engevix Engenharia S/A nos contratos e aditivos celebrados por ela, individualmente ou em consórcio, com a Petrobras para as obras das fases 2 e 3 da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas - UTGC, de URE e URC da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), de implementação on-site da Unidade de Propeno da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), do off-site da carteira de diesel da Refinaria Landulpho Alves (RLAM)." Com um valor total da propina entre 0,5% e 1% de
cada contrato e aditivo, o esquema alvo dessa ação penal é de R$ 56,8 milhões.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895