Projeto que prevê indenização a servidores pega base aliada de surpresa
Transação que deve atingir R$ 68 milhões quer minimizar ações judiciais
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A determinação da ação foi feita por Sartori com o argumento de que se trata de questão de Justiça. Também é foco do movimento minimizar ações judiciais, por danos morais, contra o governo. A estimativa é a de que a transação, discutida internamente há meses, atinja o valor de R$ 68 milhões.
Os recursos seriam obtidos por meio de receitas extraordinárias, como a antecipação de créditos da General Motors, através do programa Fomentar, como ocorreu em 2015 e 2016. É correto e justo que o funcionalismo seja indenizado pelos atrasos, mas inevitavelmente, mesmo que o valor seja simbólico perto do custo total da folha mensal, de mais de R$ 1 bilhão, que a oposição explore politicamente a medida.
A iniciativa reforçará o discurso sustentado por adversários, de que se fizesse opções políticas, o governo poderia priorizar o pagamento em dia do funcionalismo e que os sucessivos atrasos representam estratégia visando a reforçar o discurso da crise para aprovar propostas de interesse da gestão peemedebista. Entre elas, a privatização ou federalização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Sulgás.
Segundo a proposta do Executivo, que chegou à Assembleia em regime de urgência, o que limita a tramitação a no máximo 30 dias, os valores serão pagos em parcela única a cada servidor um mês após a aprovação e sanção do projeto por Sartori.
Dividindo
Considerando a estimativa da Secretaria da Fazenda, de que custará cerca de R$ 68 milhões a transação de indenização dos servidores que amargam o parcelamento salarial desde julho de 2015, e que são 344 mil matrículas, cada um receberia mais ou menos R$ 200.