Projeto sobre recuperação fiscal terá 30 dias para ser votado pela AL

Projeto sobre recuperação fiscal terá 30 dias para ser votado pela AL

Novo financiamento só foi autorizado após Estado se comprometer com medidas pedidas pela União

Correio do Povo

PL sobre recuperação fiscal terá 30 dias para ser votado pela Assembleia

publicidade

O governador José Ivo Sartori oficializou, nesta terça-feira, a entrega do projeto de lei de adesão do Rio Grande do Sul ao regime de recuperação fiscal. Em pronunciamento no Palácio Piratini, Sartori disse ainda que o Executivo encaminha à Assembleia Legislativa outros três projetos, referentes a privatização de estatais.

• Cpers bloqueia entradas da AL em protesto contra recuperação fiscal

As propostas serão enviadas ainda hoje em regime de urgência. Dessa forma, a pauta dos deputados fica trancada por 30 dias - tempo em que os parlamentares deverão decidir se aprovam ou não o regime de recuperação fiscal. 

"O regime de recuperação fiscal é uma medida de Estado e não de governo. Negar o projeto é prejudicar os mais de 11 milhões de gaúchos, que confiam em um futuro melhor", disse Sartori em um apelo aos 55 deputados.

Para conseguir a autorização de novo financiamento de R$ 3 bilhões e assegurar três anos de carência na dívida com a União, o Estado se comprometeu a adotar uma série de medidas, como privatizações, prorrogação do aumento das alíquotas de ICMS e congelamento de salários dos servidores, que só poderão contar com a reposição da inflação.

Neste mês, Sartori entregou ao presidente da República, Michel Temer, um pré-acordo de recuperação fiscal. O documento deve ser assinado nos próximos dias e permite a imediata suspensão do pagamento da dívida do RS em até três anos. Mas para a permanência do acordo, é preciso que a Assembleia gaúcha aprove o projeto

Privatização de estatais

Na quarta tentativa de privatizar estatais, o governo encaminha à Assembleia Legislativa três projetos de lei que retiram a exigência de plebiscito para a alienação da Sulgás, da Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM) e da CEEE. A privatização das empresas é uma das condições do governo federal para assinar o acordo de recuperação fiscal.

A separação de cada estatal em um projeto é uma estratégia do Executivo, que acredita que, dessa forma, terá mais chance de conseguir a privatização. "Havia resistência de alguns deputados em aprovar a privatização das três estatais em conjunto. Separando, o número de votos favoráveis será maior", explica o secretário da Fazenda, Giovani Feltes.
Cada projeto precisa ter o apoio de pelo menos 33 deputados. 

Contratos aos projetos, servidores do Cpers Sindicato bloqueiam desde o início da manhã as portas de acesso à Assembleia Legislativa, que permanece fechada nesta terça-feira.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895