Promotor se declara impedido de assumir caso Queiroz no Rio de Janeiro

Promotor se declara impedido de assumir caso Queiroz no Rio de Janeiro

Coaf indica movimentações atípicas entre funcionário de gabinete de Flávio Bolsonaro

Agência Brasil

Coaf indica movimentações atípicas entre funcionário de gabinete de Flávio Bolsonaro

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O promotor de Justiça Claudio Calo, do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPRJ), não está mais à frente das investigações que apuram movimentações financeiras atípicas entre o senador Flávio Bolsonaro e seu antigo funcionário de gabinete, Fabrício Queiroz. As incosistências foram mostradas por relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Segundo ele, a decisão foi tomada depois de “profunda reflexão jurídica.”

O promotor havia recebido as investigações na segunda-feira, mas em nota distribuída nesta terça, declarou-se impedido. Em nota, o promotor informou que “juridicamente” entendeu que as investigações que envolvem as movimentações financeiras de funcionários do gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), apontadas no relatório do Coaf, devem ser conduzidas pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal Tabelar.

“Após profunda reflexão jurídica, em respeito à imagem do MPRJ e às investigações relativas aos relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), até mesmo diante da repercussão que o episódio vem tendo na mídia, juridicamente entendi ser mais oportuno que a investigação sobre o senador Flávio Bolsonaro seja conduzida pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal Tabelar. Não se trata de declínio de atribuição, pois a atribuição, como se sabe, é da 24ª PIP, mas trata-se de questão de cunho pessoal”, disse em nota o promotor.

O nome de Fabrício Queiroz consta em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) que aponta uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta em nome do ex-assessor. O documento integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que prendeu deputados estaduais no início de novembro.

O MP-RJ marcou duas vezes o depoimento de Queiroz. Ele não compareceu, justificando problemas de saúde. A mulher Márcia Oliveira de Aguiar e as filhas dele Nathália Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz também faltaram ao depoimento, alegando que o acompanhavam em tratamento em São Paulo.

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