PT do RS exige expulsão de Palocci após depoimento de ex-ministro

PT do RS exige expulsão de Palocci após depoimento de ex-ministro

Presidente da sigla diz que permanência é "incompatível com o compromisso que se espera de um partido"

Lucas Rivas / Rádio Guaíba

PT do RS exige expulsão de Palocci após depoimento de ex-ministro

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A Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (PT/RS) emitiu nota, nesta segunda-feira, exigindo a expulsão do ex-ministro Antonio Palocci dos quadros da sigla. O documento é assinado pelo presidente do PT gaúcho, Pepe Vargas, que afirmou que a permanência de Palocci é “incompatível com o compromisso que se espera de um partido de esquerda”.

A manifestação do PT no Rio Grande do Sul ocorre cinco dias após o depoimento de Palocci ao juiz Sergio Moro. Na semana passada Palocci afirmou que a Odebrecht adquiriu um apartamento em São Bernardo do Campo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um terreno para a construção do Instituto Lula como compensação pelas vantagens que a empresa recebeu durante o governo petista. Antonio Palocci segue detido na carceragem da Polícia Federal (PF) de Curitiba. Ele já foi condenado em outra ação penal da Lava Jato a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em nota, Pepe Vargas enfatiza que as declarações de Palocci, após mais de um ano de prisão, contradisseram as primeiras manifestações do ex-ministro, ainda em 2016. “Após ameaçar grandes bancos e uma grande empresa de comunicação do país, o mesmo opta por atacar o PT, suas lideranças e seus governos com o objetivo que parece óbvio, colaborar com a tentativa de criminalização do PT e da sua maior liderança, sem provas, com base apenas nas convicções de Deltan Dallagnol e Sérgio Moro, evidenciando a partidarização de setores do aparelho judicial”, pontua.

Em função do teor da depoimento que atingiu Lula, Dilma e outras lideranças, Pepe Vargas ‘rifou’ o ex-ministro. “Ao tentar uma colaboração premiada, Palocci não só abdica de defender seus atos como admite que cometeu ilícitos. Assim a Executiva Estadual do PT do RS considera a sua permanência no PT incompatível com o compromisso que se espera de um partido de esquerda. E considera inadiável o esforço do PT, neste quadro, em reafirmar, em todos os aspectos, seu compromisso com os trabalhadores”, finalizou.

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