PT terá postura absolutamente rigorosa ante qualquer desvio, diz Rossetto

PT terá postura absolutamente rigorosa ante qualquer desvio, diz Rossetto

Ministro acredita que o partido é muito maior que qualquer desfalque

AE

Ministro acredita que o partido é muito maior que qualquer desfalque

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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, afirmou que o PT terá uma postura "absolutamente rigorosa" ante qualquer desvio ou malfeito de algum filiado do partido que possa ser investigado por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. É esperada para hoje a resposta do ministro Teori Zavascki - relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) - aos 28 pedidos de abertura de inquérito. Dos 54 nomes incluídos no processo (ainda desconhecidos), 45 seriam de parlamentares em exercício de mandato.

"O partido deverá nas suas instâncias avaliar o grau de comprometimento e de responsabilidade, e a partir das resoluções dos seus últimos diretórios terá postura absolutamente rigorosa ante a qualquer desvio ou mal feito de qualquer filiado", disse Rossetto antes de participar de evento com sindicalistas em Porto Alegre. "O PT é muito maior do que qualquer desvio de qualquer filiado ou militante."

Lava Jato  

O ministro afirmou que as pessoas às quais a imprensa atribui envolvimento na Operação Lava Jato deveriam ter acesso a informação qualificada sobre o tema. Perguntado sobre a atitude do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que nesta sexta-feira, entrou com pedido de vistas ao processo da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Rossetto disse que os supostos envolvidos têm pelo menos o direito de saber se serão, de fato, alvo de investigação.

"Até agora não há informação correta, só há suposição ou especulação. Obviamente que isso não interessa à sociedade, pois cria um clima de insegurança", avaliou antes de participar de um evento com sindicalistas na capital gaúcha. Na última terça-feira, o jornal O Estado de S. Paulo confirmou que o senador peemedebista está entre os 54 nomes sobre os quais o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu abertura de inquérito por suposta participação no esquema de corrupção da Petrobras.

Os processos seguem sob sigilo judicial, que deve ser derrubado no início da noite de hoje, tão logo o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF, analise os casos. "Me parece que diante desta situação o ministro Teori deverá, num prazo rápido, abrir todo este processo", afirmou Rossetto. "Há uma expectativa muito grande da sociedade brasileira em acompanhar e ter conhecimento de todos os temas envolvendo esta operação."

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