"Queremos que Justiça funcione para todos", diz líder tucano sobre Aécio

"Queremos que Justiça funcione para todos", diz líder tucano sobre Aécio

Deputado Nilson Leitão avaliou justificativa do senador como ética

AE

Deputado Nilson Leitão avaliou justificativa do senador como ética

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O deputado Nilson Leitão, líder da bancada do PSDB na Câmara, disse na manhã desta terça-feira,  em entrevista à Rádio Eldorado , que espera que a Justiça funcione para todos, quando indagado sobre o julgamento de hoje, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), da ação que pode tornar réu por corrupção passiva e obstrução de Justiça o senador Aécio Neves (PSDB-MG), ex-presidente nacional da sigla.

Na avaliação do líder tucano, Aécio explicou a situação em que é acusado pela PGR, "de forma ética e não de forma antirrepublicana", como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso há cerca de dez dias em Curitiba. Fazendo coro a Aécio, Nilson Leitão argumentou que o empresário Joesley Batista, do Grupo J&F, gravou "todo mundo de forma dissimulada e sorrateira" e o correligionário assumiu seus erros. O senador tucano se defendeu, dizendo estar arrependido de ter usado um vocabulário inadequado, na gravação em que aparece pedindo R$ 2 milhões a Joesley.

Disse ainda que o dinheiro foi resultado de um empréstimo "impróprio", que cometeu um erro e foi ingênuo, vítima de uma armação. Para o deputado do PSDB, caso a Primeira Turma do STF torne Aécio réu, ele terá condições de se defender e, só então, "o partido irá avaliar essa nova situação". Na entrevista, o líder tucano disse que seu partido não irá tomar nenhuma atitude porque vê "democracia funcionando". O deputado criticou o partido adversário e seu maior líder, destacando que eles agiram diferente, com "baderna, barulho, invasões" e Lula se portando como um semideus.

"No caso de Lula esperamos uma condenação de fato, até porque ele foi julgado em algumas instâncias, no caso do Aécio, é apenas o início de uma discussão jurídica." O líder do PSDB na Câmara defendeu ainda o presidenciável da sigla, ex-governador Geraldo Alckmin, que é apontado em inquérito como suposto beneficiário de R$ 10,7 milhões da Odebrecht nas campanhas de 2010 e 2014, remetido para a Justiça Eleitoral. "Alckmin nunca foi envolvido na Lava Jato", frisou.

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