Randolfe diz que governo deve consultar TCU no ano que vem sobre limite de contingenciamento

Randolfe diz que governo deve consultar TCU no ano que vem sobre limite de contingenciamento

Senador apresentou uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que determinava que o aumento real de 0,6% das despesas fosse mantido, mesmo que isso significasse não cumprir a meta fiscal

AE

publicidade

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou nesta quinta-feira, 7, que o Executivo deve fazer uma consulta ao Tribunal de Contas da União (TCU) no ano que vem para confirmar se o contingenciamento no Orçamento deverá ser de R$ 23 bilhões, como quer o governo, ou de R$ 56 bilhões, como apontam os técnicos da Câmara.

"Vamos precisar de consulta. Creio que será inevitável consulta para confirmar os termos estabelecidos. Pode ser que o texto [final] seja mais esclarecedor do que isso [a emenda]", disse ele. "Não se faz uma consulta antes de ter uma norma em si. Nós não temos uma norma na LDO, temos um projeto a ser apresentado. Tendo a norma, iniciando o ano de 2024, nós consultamos", avaliou.

O senador apresentou uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que determinava que o aumento real (acima da inflação) de 0,6% das despesas fosse mantido mesmo que isso significasse não cumprir a meta fiscal, já que os bloqueios preventivos de recursos teriam de ser menores. A regra limita o contingenciamento em torno de R$ 23 bilhões. No arcabouço, há um intervalo para o crescimento real das despesas que vai de 0,6% a 2,5%, diferentemente do antigo teto de gastos, que limitava o aumento dos gastos à variação da inflação.

O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, Danilo Forte (União Brasil-CE), afirmou, no entanto, que a emenda do governo foi "inabilitada" e não será incluída no relatório porque as regras para contingenciamento (bloqueio preventivo de recursos com o objetivo de cumprir a meta fiscal) estão no próprio arcabouço, a nova regra de controle das contas públicas que entrou em vigor este ano.

Randolfe disse que, apesar de não conhecer o teor do parecer final da LDO, a declaração de Forte representa o "espírito" do que defende o governo sobre os limites de contingenciamento serem estabelecidos pelo arcabouço fiscal. O parlamentar reforçou que a emenda não foi rejeitada, mas recebida de outra forma.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895