Ranolfo projeta educação e negociação de perdas de ICMS como prioridades de 2023

Ranolfo projeta educação e negociação de perdas de ICMS como prioridades de 2023

Em balanço final da administração realizado na manhã desta quinta, governador deu destaque para programa de investimentos

Flavia Bemfica

Em balanço final da administração realizado na manhã desta quinta, governador deu destaque para programa de investimentos

publicidade

O governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) reafirmou, na manhã desta quinta-feira, que a ‘prioridade absoluta’ da próxima administração será a educação. “Por uma série de fatores, mas principalmente em função da pandemia, nós precisamos evoluir muito nesta área, que o Eduardo (Leite) já apontou como prioritária. A outra urgência elencada por Ranolfo foi a necessidade da discussão da compensação aos estados para a queda da arrecadação decorrente da mudança no ICMS sobre combustíveis, determinada pela União, e que é alvo de negociação intermediada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Alcançamos o equilíbrio das contas e não podemos retroceder”, resumiu.

As declarações foram feitas durante o balanço da gestão apresentado pelo governador. No evento, questionado sobre quais as principais pendências que ficam para o sucessor, Ranolfo disse que queria ter avançado mais, de forma concreta, no combate à fome no RS. Outro ponto que destacou como pendente é o que diz respeito a uma política que desenvolva ações de prevenção aos efeitos da estiagem. “Gostaria de ter efetuado mais ações na ponta, como perfuração de poços e construção de açudes”, citou.

Em uma apresentação na qual o destaque foi para a parte de dados positivos alcançados, Ranolfo voltou a assinalar o Avançar, o programa de obras, investimentos e concessões lançado pelo governo em 2021, quando o chefe do Executivo era Leite, e com projeções de investimentos em prazos entre cinco e 30 anos. A continuidade da administração: Leite/Ranolfo/Leite, foi outro ponto que mereceu elogios do governador que está deixando o cargo.

Mesmo os temas mais polêmicos, como os questionamentos judiciais que ainda pairam sobre a privatização da companhia de saneamento, a Corsan, foram abordados sob um viés otimista. O procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, que acompanhou o governador no evento, minimizou dificuldades do processo. “Não são entraves absolutos (os questionamentos judiciais). Temos a compreensão de que chegaremos a um bom termo tanto na questão cível discutida, como na trabalhista. Propusemos a abertura do diálogo, no caso das questões trabalhistas, que ocorrerá nos próximos dias. Temos aí uma previsão de 90 dias, é parte do cronograma, e entendemos que é tempo suficiente para resolver as demandas para a assinatura dos contratos”, avaliou.

Ranolfo disse que uma das lições que leva “para casa” do período à frente do Executivo é a de que privatizações e concessões não devem ser deixadas para o final do governo. “O ideal é que sejam feitas logo no início, dentro dos dois primeiros anos”, projetou.  Eleito vice na chapa de Leite em 2018, quando ainda integrava o PTB (ele deixou o partido no ano passado, e se filiou ao PSDB), no início da administração o atual governador acumulou as funções de vice e secretário da Segurança. Ele assumiu a chefia do Executivo no final de março deste ano, quando o Leite renunciou para tentar ingressar na corrida presidencial. Durante alguns meses, chegou a ser ventilado como candidato à reeleição. Após o insucesso de Leite em entrar na disputa nacional, contudo, o PSDB lançou o ex-governador como candidato, tendo como vice Gabriel Souza (MDB). A chapa venceu o pleito para o Palácio Piratini. Ranolfo, que, conforme a legislação, em função do cargo e dos prazos, só poderia concorrer à reeleição, não participou da disputa eleitoral.

No último dia 20 de dezembro, o governador eleito anunciou que o atual, em 2023, ocupará a direção do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). E, em 2024, ele deverá assumir a presidência do banco.     


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895