Reforma administrativa expõe divergências entre líder do governo na Câmara e Arthur Lira

Reforma administrativa expõe divergências entre líder do governo na Câmara e Arthur Lira

José Guimarães (PT-CE) disse que tem o direito de ir contra a opinião do presidente da Câmara dos Deputados

AE

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O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta terça-feira que a proposta de reforma administrativa não é pauta prioritária do governo e nem do Brasil. Ele afirmou que o objetivo central neste momento é aprovar no Congresso as medidas enviadas pelo Executivo para aumentar receitas e cumprir a meta de déficit zero no ano que vem.

"Isso (reforma administrativa) não é pauta do governo. O que estava proposto lá atrás é do governo anterior. Nem (Jair) Bolsonaro quis mandar essa reforma para cá no governo dele (...) Acabamos de votar regime fiscal, para que serve a reforma administrativa?", disse Guimarães aos jornalistas.

Questionado sobre o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao avanço da reforma, Guimarães respondeu que "ele tem direito de defender e eu tenho direito de ser contra". O líder reforçou que o controle de despesas está no radar do governo e lembrou que nem mesmo o reajuste para servidores está garantido para o ano que vem. 

Lira entende que a reforma administrativa seria uma forma de o governo estabelecer um cenário fiscal mais favorável, lembrando as metas fiscais estipuladas pelo novo arcabouço fiscal.  "A nossa preocupação é de que, se não temos como aumentar receita sem aumentar imposto, temos de conter nossos gastos. Essa é a meta, sem nenhum tipo de juízo de valor, sem entrar em disputa política."


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