Republicanos fracassam novamente em eleger presidente da Câmara dos EUA
Jim Jordan não foi aprovado e tendência de novos nomes serem estudados pelo partido
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Os republicanos descartaram Jim Jordan, aliado do ex-presidente Donald Trump, como candidato para presidir a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos em uma votação secreta, depois de sua terceira derrota nesta sexta-feira para conseguir o cargo.
Na saída do Capitólio, os congressistas declararam que, no fim de semana, está previsto um "fórum de candidatos" para escolher um novo candidato na segunda. No domingo, serão anunciados seus nomes. "Precisamos nos unir e decidir quem será nosso presidente" da Câmara dos Representantes, declarou Jordan a jornalistas, e confirmou que não voltaria a concorrer ao cargo.
"Vou trabalhar tão duro quanto possível para ajudar esta pessoa, para assim poder ajudar os americanos", disse. Há quase três semanas, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, que é parte de um dos Congressos mais poderosos do mundo, não pôde votar nenhum projeto de lei.
Há 17 dias os republicanos, que têm maioria estreita na Câmara, não conseguem nomear um sucessor para Kevin McCarthy, destituído pela rebelião de um congressista trumpista. Estão divididos entre a linha-dura e os moderados. O bastante conservador Steve Scalise já tinha perdido na semana passada e Jim Jordan, também linha-dura do partido e muito próximo a Trump, fracassou pela terceira vez esta semana. "Estamos muito mal neste momento", reconheceu McCarthy após a última votação.
Neste contexto de caos político prolongado, o presidente Biden solicitou na sexta-feira um aumento orçamentário de 105 bilhões de dólares (cerca de R$ 530 bilhões), em particular para apoiar a Ucrânia e Israel, reforçar a fronteira com o México, abordar os desafios da migração ilegal, combater o tráfico de fentanil e contrapor a China.
O líder da minoria democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, pediu um consenso bipartidário para eleger o presidente e qualificou Jordan de "perigo claro e presente para nossa democracia". "Temos que desbloquear a Câmara. Espero que o Senado comece a trabalhar o quanto antes no pacote de segurança nacional do presidente Biden", disse aos jornalistas depois da votação. "Mas se a Câmara não for desbloqueada, será paralisada desnecessariamente e vidas serão colocadas em perigo. Esta é uma situação grave", insistiu.