Restrição a imigrantes é bandeira de governador eleito em Roraima
Antonio Denarium, do PSL, venceu com 53,50% dos votos válidos contra José Anchieta, do PSDB
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O fluxo de imigrantes venezuelanos para o Brasil, que tem Boa Vista como primeiro destino, polarizou a eleição em Roraima. Antônio Denarium, que surpreendeu no primeiro turno ao virar a expectativa das pesquisas, que apontavam seu opositor na liderança, chegou a defender o fechamento da fronteira com a Venezuela - posição que não é endossada por Jair Bolsonaro (PSL), eleito presidente neste domingo.
Com a evolução da campanha, Denarium, acabou falando mais em "controle rigoroso na fronteira" - com a adoção de medidas que restrinjam a entrada dos imigrantes, como obrigatoriedade de vacinação para todos, instalação de campos de refugiados pelo Exército e transferência de imigrantes para outras partes do país.
Em seu plano de governo, ele incluiu a questão dos imigrantes no tópico da segurança, seguindo o tom da campanha de Bolsonaro. Os desafios do estado de Roraima ganharam contornos nacionais devido a situação dos imigrantes venezuelanos que ingressam diariamente no estado desde o agravamento da crise no país vizinho.
A área da fronteira e a pressão do elevado número de venezuelanos sobre as políticas de saúde, educação, trabalho do estado acabaram se tornando o foco do debate em todo o período de disputa eleitoral em Roraima. O adversário José de Anchieta (PSDB) também defendeu a adoção de cota para regular a entrada de venezuelanos em Roraima.
O candidato tucano destacou na parte de Direitos Humanos de seu plano de governo que promoveria diálogo com o Governo Federal para adotar medidas legais e humanitárias pra restringir o fluxo migratório de venezuelanos e garantir acesso às políticas públicas.