Retirada de bancos do Parque Farroupilha pela prefeitura gera polêmica
Equipamentos da Redenção estão passando por reforma
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A remoção de 90 bancos do Parque Farroupilha, nos primeiros dias deste mês, foi alvo de polêmica. Coincidindo com a adoção de medidas mais duras no combate à Covid-19, como o fechamento de parques cercados e da Orla do Guaíba para a redução da circulação de pessoas, a remoção dos equipamentos foi até mesmo objeto de denúncias nas redes sociais por parte de adversários políticos do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB).
No Twitter, até mesmo o vice-prefeito Gustavo Paim (PP), e o vereador Valter Nagelstein (PSD) chegaram a fazer postagens afirmando que o “desmonte da praça” era mais uma para aumentar o distanciamento social. Entretanto, segundo o próprio prefeito, a retirada foi em virtude da reforma na Redenção, que se arrasta desde outubro do ano passado.
Quando o fundo do poço não era o fim. Depois de pessoas no frio esperando pra entrar no super, de trabalhadores não poderem usar o TRI, de idosos terem q pagar estacionamento privado pra irem a um médico, agora o desmonte das praças. pic.twitter.com/xduotHQfO9
— Valter Nagelstein (@valtern) July 11, 2020
No Facebook, o prefeito rebateu as informações publicadas pelo vice-prefeito, cujas relações foram rompidas em 2019, e por Nagelstein, feita neste sábado. Nas postagens, ambos teriam acusado Marchezan de ter agido deliberadamente em função da Covid-19. Entretanto, o prefeito afirma que os adversários estão divulgando “fake news” e nega que esta tenha sido a intenção, informando na postagem que os 90 bancos foram removidos entre 6 e 10 de julho para reforma. Contudo, segundo o próprio Paim, na postagem de resposta - onde coloca o carimbo de fake news -, o prefeito ignora o seu esclarecimento, que foi feito antes desta reação.
Continuaremos utilizando nossos canais digitais para repor a verdade em torno de mentiras que estão sendo veiculadas por...
Publicado por Nelson Marchezan Júnior em Sábado, 11 de julho de 2020
O esclarecimento publicado por Paim e que teria sido ignorado por Marchezan, apresenta explicações dadas por uma das secretarias da gestão. “Fomos atrás da Secretaria de Serviços Urbanos para esclarecer a situação e a informação é que os bancos foram retirados para pintura. Sendo assim, fica retirada a crítica e feito o esclarecimento. Que bom que não chegamos a esse ponto”, postou o vice na sua conta no Twitter. Já o vereador mantinha o conteúdo até meados da tarde deste domingo, e ainda afirmou, com base numa foto publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, em março, que os bancos já tinham sido pintados.
Fomos atrás da Secretaria de Serviços Urbanos para esclarecer a situação e a informação é que os bancos foram retirados para pintura. Que bom que não chegamos a esse ponto. Feito o esclarecimento ✌ https://t.co/kY3vPxL8sA
— Gustavo Paim (@Gustavo_Paim) July 11, 2020
Marchezan reforçou que a ação faz parte de um conjunto de obras previstas para o local. O investimento é de R$ 3.863.527,43, proveniente de um Termo de Conversão em Área Pública (R$ 3.398.527,43) - uma contrapartida da empresa Cyrela Goldsztein pela autorização da prefeitura à construção de um condomínio residencial no bairro Rio Branco -, e do Projeto de Revitalização de Praças e Parques da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) (R$ 465 mil), assinado em outubro do ano passado, com prazo de execução de 60 dias.
Conforme listou o prefeito, estão sendo ainda realizadas a reforma da fonte luminosa, instalação de academias ao ar livre, pintura e restauração de 390 bancos e também a criação de um cachorródromo no Parque Farroupilha.