Reunião entre vereadores pode resultar em abertura de CPI na Câmara de Canoas

Reunião entre vereadores pode resultar em abertura de CPI na Câmara de Canoas

Desvio de salários de servidores em Cargos de Confiança é investigado pelo Ministério Público

Lucas Rivas/Rádio Guaíba

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Uma reunião emergencial convocada pelo presidente da Câmara de Vereadores de Canoas, vereador Ivo da Silva Lech (PMDB), pode culminar com abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a suposta arrecadação de dinheiro de parlamentares junto a funcionários de gabinete com cargos de confiança (CCs).

O encontro começou às 16h. Os 20 vereadores foram convocados, exceto Celso Jancke (PP), que teve prisão temporária de cinco dias decretada, nessa segunda-feira, por exigir parte dos salários dos CCs, de acordo com o Ministério Público. Os outros dois parlamentares envolvidos no esquema – Dr. Pompeu (PTB) e José Francisco Nunes, o Francisco da Mensagem (PSB), que não chegaram a ser detidos, também foram intimados a comparecer à reunião.

Como a Câmara de Canoas só pode penalizar os vereadores por meio de uma CPI, o presidente do Legislativo estima que 1/3 dos parlamentares, ou seja, sete deles, possam optar por dar início a uma investigação parlamentar na Casa. “A CPI pode resultar em punições como advertências, suspensões temporárias ou até a radical perda do mantado, se for o caso”, disse. O presidente, sozinho, não pode solicitar a abertura de uma CPI.

Conforme o Ministério Público, mais vereadores de Canoas podem estar envolvidos no esquema de extorsão. O promotor Flávio Duarte também disse que, desde ontem, denúncias sugerem que a mesma prática pode estar ocorrendo em outras cidades. Cerca de 20 pessoas, entre assessores e ex-assessores da Câmara de Canoas, devem ser ouvidas pelo órgão, entre hoje e quinta-feira.

Nesta segunda-feira, o MP cumpriu sete mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária relativos aos crimes de concussão e lavagem de dinheiro envolvendo os três vereadores. O ex-chefe de gabinete do vereador Dr. Pompeu (PTB), Cleber da Silva Britto, e um comparsa do vereador Celso Jancke, Cláudio Roberto Saldanha, foram presos em flagrante por porte ilegal de armas e munição. Eles também são suspeitos de arrecadarem o dinheiro junto aos funcionários de gabinete.

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