Reunião entre vereadores pode resultar em abertura de CPI na Câmara de Canoas
Desvio de salários de servidores em Cargos de Confiança é investigado pelo Ministério Público
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O encontro começou às 16h. Os 20 vereadores foram convocados, exceto Celso Jancke (PP), que teve prisão temporária de cinco dias decretada, nessa segunda-feira, por exigir parte dos salários dos CCs, de acordo com o Ministério Público. Os outros dois parlamentares envolvidos no esquema – Dr. Pompeu (PTB) e José Francisco Nunes, o Francisco da Mensagem (PSB), que não chegaram a ser detidos, também foram intimados a comparecer à reunião.
Como a Câmara de Canoas só pode penalizar os vereadores por meio de uma CPI, o presidente do Legislativo estima que 1/3 dos parlamentares, ou seja, sete deles, possam optar por dar início a uma investigação parlamentar na Casa. “A CPI pode resultar em punições como advertências, suspensões temporárias ou até a radical perda do mantado, se for o caso”, disse. O presidente, sozinho, não pode solicitar a abertura de uma CPI.
Conforme o Ministério Público, mais vereadores de Canoas podem estar envolvidos no esquema de extorsão. O promotor Flávio Duarte também disse que, desde ontem, denúncias sugerem que a mesma prática pode estar ocorrendo em outras cidades. Cerca de 20 pessoas, entre assessores e ex-assessores da Câmara de Canoas, devem ser ouvidas pelo órgão, entre hoje e quinta-feira.
Nesta segunda-feira, o MP cumpriu sete mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária relativos aos crimes de concussão e lavagem de dinheiro envolvendo os três vereadores. O ex-chefe de gabinete do vereador Dr. Pompeu (PTB), Cleber da Silva Britto, e um comparsa do vereador Celso Jancke, Cláudio Roberto Saldanha, foram presos em flagrante por porte ilegal de armas e munição. Eles também são suspeitos de arrecadarem o dinheiro junto aos funcionários de gabinete.